[weglot_switcher]

Número de desempregados abaixo dos 300 mil pela primeira vez em 27 anos

Olhando só para Portugal Continental, o desemprego registado atinge 280 mil pessoas, o nível mais baixo em pelo menos 30 anos, destaca o Governo.
  • Hugo Correia/Reuters
24 Julho 2019, 08h38

O número de desempregados ficou abaixo das 300 mil pessoas pela primeira vez em 27 anos, anunciou hoje o Governo, com base em dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP).

O número de desempregados inscritos nos serviços de emprego em junho desceu para as 298,2 mil pessoas, segundo comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social divulgado esta quarta-feira, 24 de julho.

É preciso recuar até dezembro de 1991 para encontrar um valor mais mais baixo. Nessa data, registaram-se 296,6 mil desempregados inscritos.

Olhando só para Portugal Continental, o desemprego registado atinge 280 mil pessoas, o nível mais baixo em pelo menos 30 anos, destaca o Governo.

Em três regiões, o desemprego atingiu os níveis mais baixos de que há registo: região Centro (40,8 mil desempregados), do Alentejo (13,5 mil) e da região de Lisboa e Vale do Tejo (88,9 mil).

No Nort, o desemprego recuou para o patamar mais baixo em 17 anos, num total de 124,9 mil desempregados. Mais a sul, no Algarve, o desemprego está ao nível do observado no início dos anos 2000.

Já o desemprego jovem baixou para as 27,7 mil pessoas, menos 12,2% face a período homólogo, e menos 8,0% face ao mês anterior.

Por sua vez, o desemprego de longa duração baixou para 134,9 mil pessoas, menos 17,1% face ao mês homólogo, e menos 1,0% face a maio.

Desde o início da legislatura, dezembro de 2015, o desemprego caiu em 46,3%, menos 256,9 mil pessoas. Por seu turno, o desemprego jovem recuou 60,0% e o desemprego de longa duração desceu 48,1%.

“Estes resultados, em linha com os dados que têm vindo a ser observados pelo Instituto Nacional de Estatística, refletem o bom desempenho da economia, o dinamismo do mercado de trabalho e a execução das políticas ativas de emprego”, segundo o ministério tutelado por Vieira da Silva.

“O mês de junho foi também o mês em que se alcançou a mais elevada taxa de cobertura de desempregados em medidas ativas de emprego e formação profissional em mais de 20 anos, com 28,8% dos desempregados abrangidos por estas medidas. Em particular, a taxa de cobertura das medidas de formação profissional, que chegou aos 18,9% no mês de junho, alcançou igualmente o patamar mais elevado da série iniciada em 2011”, de acordo com o comunicado do Governo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.