O número de incêndios em Portugal pode disparar por falta de limpeza de terrenos. Atualmente, um total de 25% dos portugueses ainda não realizou este serviço, que é obrigatório por lei. Este valor é considerado considerado crítico, uma vez que o país se encontra em estado de alerta até domingo devido às temperaturas que podem chegar aos 40º.
O Ministério da Administração Interna alertou ainda que nos próximos dias o território português tem potencial de ocorrências de incêndios florestais “difíceis de gerir” e que se podem tornar “quase catastróficos”.
De acordo com um inquérito conduzido pela Fixando — a plataforma online de origem portuguesa que facilita a contratação de serviços locais — os principais motivos para o adiamento da limpeza foram a dificuldade em encontrar um profissional (40%), a falta de rendimentos (20%), a falta de disponibilidade (20%) e a impossibilidade de se deslocar ao local devido à pandemia de Covid-19 (20%).
Além disso, os terrenos que não contaram com este serviço localizam-se, principalmente, no Norte (35%), em Lisboa e Vale do Tejo (35%), no Alentejo (17.65%) e no Centro (11%) e têm uma dimensão média aproximada de cinco mil metros quadrados.
O Governo declarou, esta quinta-feira, a situação de alerta em Portugal Continental devido às previsões meteorológicos para os próximos dias que apontam para um “significativo agravamento do risco de incêndio rural”.
A ativação do estado de alerta surge na sequência da ativação do estado de alerta especial de nível de vermelho para o dispositivo especial de combate a incêndios rurais em 10 distritos: Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém e Porto e Aveiro.
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