Nos últimos minutos, foram confirmados mais dois casos de pessoas infetadas por coronavírus em Portugal, elevando o número total de casos positivos afetados pelo vírus no nosso país para 30.
Hoje, foram já nove os novos casos confirmados com infeção de coronavírus em Portugal.
Os dois novos infetados por coronavírus foram internados, um em Lisboa, no Hospital Dona Estefânia, e outro no Porto, no Hospital de São João.
Segundo a RTP, a pessoa que foi internada em Lisboa é uma jovem de Portimão, recém regressada de férias a Itália com os seus paias e as suas duas irmãs. A jovem é aluna na escola secundária Manuel Teixeira Gomes, que irá ser encerrada a partir de amanhã, dia 9 de março.
Poderão ainda ser encerradas mais escolas em Portimão, porque a mãe da jovem também é professora.
Ao início da tarde, tinham sido confirmados três outros casos de infeção por Covid-19, o que fez crescer, na altura, o número total de infetados para 28.
Segundo a RTP, esses três casos de infeção de Covid-19 em Portugal estão internados no Hospital de Santo António, no Porto.
Já esta manhã tinham sido confirmados quatro novos casos, três mulheres e um homem com idades entre os 40 e os 70 anos, que estão internados no Hospital de São João, no Porto, enquanto que dos três últimos ainda não há informação disponível.
Fora estes, dos 30 doentes, 18 estão internados no Hospital de São João, seis estão no Hospital de Santo António, cinco estão no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, e um no Hospital Dona Estefânia,também na capital.
Entretanto, as atividades letivas no ‘campus’ de Gualtar da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, foram suspensas por tempo indeterminado, depois de um aluno ter sido infetado com o novo coronavírus, anunciou hoje o reitor.
Segundo Rui Vieira de Castro, cerca de 180 outros estudantes da UMinho estão também a ser contactados e monitorizados pelas autoridades de saúde, por terem frequentado os mesmos espaços do aluno infetado.
“A partir de amanhã [segunda-feira], não haverá atividades letivas no ‘campus’ de Gualtar”, afirmou o reitor, em declações aos jornalistas, após uma reunião com as autoridades concelhias da saúde e da proteção civil. Os complexos pedagógicos, as cantinas e os serviços desportivos foram encerrados e vão ficar isolados, para higienização.
Para já, as residências universitárias continuam abertas, mas os responsáveis da UMinho dizem que ficarão “muito atentos” ao evoluir da situação. Outros espaços da UMinho, entre os quais o ‘campus’ de Azurém, manter-se-ão também em funcionamento. “Neste momento, não há razão para fechar outros espaços da universidade”, disse Rui Vieira de Castro. O ‘campus’ de Gualtar acolhe cerca de 12 mil pessoas, entre estudantes, professores e trabalhadores. A reitoria admite o recurso ao teletrabalho, para assegurar o funcionamento de alguns serviços.
Em relação aos alunos que estão em mobilidade em países afetados pelo Covid-19, a UMinho já deu orientações para que, quando regressarem a Portugal, se submetam a um período de quarentena. Paralelamente, a UMinho decretou a “redução ao mínimo” de atividades como conferências e seminários, “para que seja contida a possibilidade de transmissão”. No sábado, foi confirmado Covid-19 a um aluno de História da UMinho, tendo a universidade decidido, de imediato, encerrar o edifício do Instituto de Ciências Sociais.
Entretanto, e após contactos com as autoridades de saúde, o encerramento foi alargado a todos os complexos pedagógicos do ‘campus’. “As medidas vão sendo tomadas segundo a avaliação que fazemos a todo o momento. É um contexto dinâmico, de acompanhamento continuado”, disse ainda o reitor. Os alunos da UMinho que estão em Erasmus em Itália já foram contactados, no sentido de se saber se querem lá permanecer ou regressar a Portugal.
Inicialmente, todos terão manifestado vontade de permanecer em Itália, mas entretanto alguns já manifestaram vontade de regressar, face ao aumento de casos naquele país.
Além do ‘campus’ da UMinho em Gualtar, também já está confirmado o encerramento dos complexos de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, durante os próximos 14 dias, pelo menos.
Recorde-se que ontem, em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa, Marta Temido revelou que os “casos recentemente confirmados com Covid-19 estiveram em instituições de ensino elevando o risco de transmissão nessas instituições”.
“Assim, a autoridade nacional e as autoridades regionais de saúde recomendaram tecnicamente o encerramento da Escola Básica e Secundária de Idães, em Felgueiras, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e do edifício onde funciona o curso de de história da Universidade do Minho”, disse.
“A evidência e a precaução ditam que respondamos com cautela, e também assertividade e rapidez necessárias. O encerramento de escolas e outras instituições não deve ser encarado com alarmismo, mas sim com a prudência e a responsabilidade que nos são pedidos neste momento”, frisou a ministra.
Idães, uma freguesia do concelho de Felgueiras é, neste momento, o maior foco de incidência de infetados de coronavírus em Portugal, havendo 15 casos confirmados e mais cerca de 200 pessoas em isolamento.
O Governo anunciou medidas para conter o vírus no país, que inclui o encerramento de escolas e equipamentos municipais no concelho de Felgueiras. Estão também suspensas visitas a hospitais, lares e prisões na região Norte de Portugal.
As excepções a esta medida são apenas os serviços de neonatologia e e de pediatria, nos hospitais.
Por seu turno, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) decidiu hoje suspender o cumprimento inicial entre os jogadores e equipas de arbitragem nas competições profissionais, de forma a evitar a propagação do novo coronavírus Covid-19. além disso, as crianças que costumam entrar em campo com os jogadores no início dos jogos, deixarão de fazê-lo de mãos dadas com os futebolistas.
“Assim, até indicações em contrário, [os intervenientes] devem: suspender o cumprimento inicial de aperto de mãos entre aa equipas e equipa de arbitragem”, lê-se num comunicado. No mesmo documento, a LPFP refere que “as crianças que acompanhem as equipas não devem entrar de mãos dadas com as mesmas”. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) também já tinha anunciado a mesma decisão para as suas competições.
A partir de amanhã, dia 9 de março, está previsto que mais hospitais públicos passem a fazer parte da rede de referenciação direta para despiste e internamento das pessoas afetadas com o novo coronavírus.
Mais de 107 mil infetados e de 3.600 mortos em todo o mundo
Em todo o mundo, o último ponto da situação aponta para mais de 107 mil casos de pessoas infetadas com o coronavírus.
Desse número, mais de 60.500 pessoas continuam infetadas, tendo sido curadas até ao momento cerca de 43 mil indivíduos.
Em termos globais, o coronavírus já provocou mais de 3.600 pessoas
Mais de 16 milhões isolados n norte de Itália
Entretanto, o governo italiano também anunciou ontem que vai proibir as entradas e saídas da Lombardia e de outras 14 províncias: são Modena, Parma, Placência, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro, Urbino, Veneza, Pádua, Verbano Cus- Osola, Treviso, Vercelli, Novara, Asti e Alexandria.
Vão ser encerrados também todos os ginásios, piscinas e centros termais nas áreas mencionadas, além de museus, centros culturais e estações de esqui, enquanto os centros comerciais devem ser fechados aos fins de semana e o encerramento de escolas é estendido até 3 de abril.
O número de pessoas infetadas em todo o mundo pelo Covid-19 aumentou para 105.836, das quais morreram 3.595, de acordo com um balanço feito pela agência France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09h00 de hoje.
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