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Número de reclamações no sector das comunicações aproxima-se dos níveis pré-pandemia

Queixas caíram 8%, para 28.4 mil reclamações, no segundo trimestre do ano. No sector das comunicações eletrónicas, a NOS foi o operador mais reclamado, enquanto, no sector postal, os CTT foram a empresa mais visada nas reclamações, de acordo com a Anacom.
  • Edifício-sede da Autoridade Nacional de Comunicações, em Lisboa
1 Setembro 2021, 12h33

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) fez saber esta quarta-feira que o número de reclamações no sector das comunicações (eletrónicas e postais) caiu 8%, para 28.4 mil queixas, no segundo trimestre do ano. Ou seja, registaram-se menos cerca de 11 mil reclamações do que no segundo trimestre de 2020.

Em comunicado, a entidade liderada por João Cadete de Matos sublinha que “é a primeira vez, desde o início da pandemia de Covid-19, que as reclamações diminuem, aproximando-se dos valores que se verificavam no período pré-pandémico”.

Das mais de 28 mil queixas que chegaram à Anacom, 66% (18,7 mil reclamações) têm como alvo os operadores de telecomunicações. Ainda assim, as queixas sobre as telecoms caíram 5% em termos homólogos e quebraram 23% na variação em cadeia.

Os principais motivos de queixas são a demora ou reparação deficiente de falhas no serviço e a demora ou não resolução de reclamações foram os motivos que mais preocuparam os utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas.

Entre os operadores, a NOS é o alvo do maior número de queixas, com 6,5 mil reclamações (35% das reclamações do sector), “tendo sido o único operador entre os mais reclamados cujas reclamações aumentaram, em termos homólogos, 13%”. “A ativação de serviços sem consentimento aumentou pelo segundo período consecutivo nas reclamações contra a NOS (+4 pontos percentuais)”, nota a Anacom.

A Meo, do grupo Altice Portugal, foi o segundo prestador mais reclamado, sendo objeto de 5,9 mil reclamações (32% do total), mas foi o que registou a maior diminuição (-14%) em comparação com os dados de há um ano. “A falta de transparência contratual aumentou nas reclamações contra a Meo (+4 pontos percentuais)”, aponta o regulador. Já a Vodafone foi visada em 5,6 mil reclamações, número que traduz uma redução homóloga de 12%, com este a operador a ver as queixas sobre a reparação de falhas nos serviços a dispararem 12 pontos percentuais.

A Nowo foi responsável por 4% (700 mil queixas) das reclamações sobre serviços de comunicações eletrónicas neste período.

No sector postal, registaram-se 9,7 mil queixas, menos 13% em termos homólogos e menos 31% face ao primeiro trimestre. A falta de tentativa de entrega no domicílio motivou 21% das queixas no sector postal e foi o motivo de reclamação mais vezes mencionado pelos utilizadores destes serviços.

Os CTT – Correios de Portugal foram a empresa mais reclamada, tendo sido visada em 86% das queixas (8.400) que chegaram à Anacom. “Este prestador viu aumentar 11% as reclamações sobre os seus serviços face ao segundo trimestre de 2020, mas diminuir 31% face ao trimestre anterior (ou seja, -3,8 mil reclamações). Nos CTT aumentaram sobretudo os problemas com o extravio (+6 pontos percentuais)”, dá conta o regulador.

A DPD foi a segunda empresa mais reclamada, registando 500 reclamações, menos 80% do que no período homólogo. O atraso na entrega motivou mais de um terço das reclamações contra a DPD (35%). As restantes queixas (800) correspondem a outros operadores de serviços postais, sendo os atrasos na entregas, sobretudo de objetos internacionais, principal  motivo.

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