Nvidia desenvolve tecnologia para impedir contrabando de chips

A Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo, desenvolveu uma tecnologia que permite localizar em que país estão a operar os seus chips, de modo a impedir que estes sejam alvo de contrabando para países onde a sua exportação é proibida, avança esta quarta-feira a agência noticiosa Reuters.

A agência noticiosa refere que esta tecnologia, que ainda não foi lançada pela tecnológica, liderada por Jensen Huang, seria uma opção para os clientes que a quisessem instalar. Esta ferramenta permite o acesso aos recursos de computação confidenciais das suas unidades de processamento gráfico (GPU).

Um comunicado da Nvidia confirma que a tecnológica está em “processo de implementação” de um novo serviço de software que permite aos operadores de centros de dados “monitorizar a integridade e o inventário de toda a sua frota” de GPU. A empresa acrescentou que esta ferramenta que pode ser instalada pelos clientes, “utiliza a telemetria GPU para monitorizar a saúde, a integridade e o inventário da frota”.

Tecnologia estaria disponível para chips Blackwell

Esta tecnologia da Nvidia, refere a Reuters, estaria numa fase inicial disponível para os chips Blackwell, que são os mais avançados da empresa. Contudo, acrescenta a agência noticiosa, a empresa está a analisar a hipótese de incluir esta tecnologia em gerações anteriores de chips.

A Reuters salienta que caso a Nvidia lance esta tecnologia isso permitiria dar resposta às preocupações levantadas pela área política norte-americana no sentido de se tomarem medidas que impeçam o contrabando de chips para países onde a sua venda é proibida. Mas levantaria fricção junto do regulador chinês que no passado já chamou a Nvidia a prestar esclarecimentos sobre se os seus produtos continham backdoors (um método que permite contornar a segurança) que permitiam aos Estados Unidos contornar as características de segurança dos chips.

Recorde-se que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou esta semana, que foi dada luz verde para que os chips H200 fossem exportados para a China, contudo será aplicada uma taxa de 25% sobre as vendas. Em termos tecnológicos, estes chips são inferiores aos mais avançados da Nvidia, os Blackwell.