Foi possível lançar, há já quase dez anos, na Faculdade de Direito da Universidade Católica, um projeto inovador e pioneiro no plano mundial: a criação da Católica Global School of Law.

Tratava-se, na sua origem, de criar as condições para o ensino do Direito Global, preparando uma Faculdade de Direito portuguesa para a globalização que também atingiu esta área do saber, permitindo-lhe relacionar-se com outras escolas mundiais, e atrair alunos e professores de todo o mundo. Tudo isto só foi possível graças à persistência visionária de Luís Barreto Xavier.

Ao longo destes anos, a Escola recolheu o reconhecimento de inúmeras instituições, nacionais e internacionais, da Fundação Gulbenkian ao Financial Times, passando pelo apoio firme e constante de alguns dos maiores escritórios de Advogados e de Fundações.

Foi convidada para integrar redes de Universidades em todo o mundo, entre as quais a Law Schools Global League, um consórcio de Universidades muito prestigiadas de todos os continentes, que se dedicam ao ensino e investigação inovadores do Direito Global, e da qual assumirá a copresidência a partir de julho.

Pôde contar com professores das mais reconhecidas Universidades globais, e com alunos de cerca de 45 nacionalidades, constituindo-se já numa importante comunidade de partilha de saberes jurídicos e num relevante grupo de alumni que se espalha hoje por todo o mundo, trabalhando em importantes organizações internacionais, empresas e escritórios de advogados.

O contributo inovador da Católica Global School of Law não se limitou à internacionalização, tendo trazido também novidades pedagógicas e metodológicas. Foi o caso da utilização do método Total Law, criado por Joseph Weiler e Miguel Poiares Maduro, assente numa sólida interdisciplinaridade e interatividade no ensino do direito, promovendo o debate em aula de temas atuais

Se foram assim os últimos 9 anos, que desafio trarão os próximos dez?

A Católica Global School of Law teve sucesso porque foi inovadora no tempo certo, antecipou tendências, leu a realidade antes de ela acontecer. O desafio futuro está precisamente aí, em manter-se na liderança da inovação e da internacionalização. O aprofundamento da ligação aos empregadores, a auscultação das necessidades do mercado, o acompanhamento de novas realidades, como os desafios da mobilidade humana ou a ligação entre o Direito e tecnologia, são algumas das questões com que a Escola terá agora de lidar.

Para isso continuará a contar com o apoio decisivo da Universidade e da Faculdade onde se integra. Esta é uma área, como poucas, em que as pessoas são decisivas. E esta Escola pôde sempre contar com pessoas que fizeram a diferença.