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O futuro chegou com o Mercedes C 350e

Plug-in hybrid é um termo que vamos ter de nos habituar. As cidades do planeta exigem zero poluição e carros ecologicamente sustentáveis.
4 Agosto 2017, 11h50

E o futuro imediato está no plug-in, veículo que junta a motorização elétrica a um motor de combustão tradicional. O Mercedes C 350e insere-se na categoria dos que estão à frente.

Contar uma história de viagem é um tema possível para um Mercedes, mas o C 350e está acima desse nível. A experiência de uma condução ímpar tem como aliado a capacidade de contribuir um pouco para a melhoria do ambiente, e nos tempos que correm esse é um tema nuclear para a civilização humana.

Vamos aos números impressionantes avançados pelo construtor, que não são muito diferentes do teste que fizemos. Considerando a capacidade do veículo híbrido funcionar com autonomia totalmente elétrica durante 31 quilómetros, o consumo será de 2,1 l aos 100 Km. Claro que não acelerámos até ao máximo que o motor elétrico permite, 130 Km/h, sendo que na passagem dá um claro sinal de que passa para motor de combustão. Se tivéssemos circulado naquilo que é o seu máximo, possivelmente ficaríamos pouco acima dos 20 quilómetros de autonomia elétrica e as grandes médias desapareciam.
Os primeiros veículos desta série saíram há dois anos e, desde então, foram feitas pequenas alterações que têm melhorado a eficiência e a dinâmica. A suspensão pneumática e o sistema de controlo de entrada de ar, ambos standard, eleva o conforto e a qualidade de condução deste classe C. A bateria que é carregada externamente tem uma capacidade de 6,38 kWh, o que significa que com uma tomada normal se obtém alguma carga em apenas 90 minutos. Por outro lado, o motor a combustão de 4 cilindros revela uma potência equivalente a 211 cv, o que, somado à potência gerada pelo motor elétrico, permite uma potência da ordem dos 279 cv, de acordo com informação de fábrica. No modelo testado foi usada uma caixa de sete velocidades automática. A station, um pouco mais lenta do que a berlina, tem – ainda assim – uma capacidade de arranque impressionante e faz 6,2 segundos dos 0 aos 100 Km/h e uma velocidade máxima anunciada (mas não testada) de 246 Km/h.

Na experiência da condução, o maior problema foi, naturalmente, conseguir controlar a autonomia da bateria para chegar próximo do indicado pela fábrica. Não é fácil mas podemos ficar próximos e com uma autonomia média de 25 Km, algo razoável para um condutor não experimentado. Torna-se possível fazer percursos casa-trabalho com consumo quase zero. Ter um carro premium e com um custo diário insignificante é um claro apelo ao consumidor português.

A rolar em estrada nacional, os motores da Mercedes mostram o que valem em termos de eficiência. Sem exageros na velocidade, o consumo pode manter-se dentro dos 6 l aos 100 km, com a garantia de que, em caso de necessidade, é possível puxar pelo motor de combustão convencional a gasolina. O interior é Mercedes e pouco mais temos a acrescentar, sendo que o veículo utilizado tem os vários sistemas passivos de ajuda ao condutor e um ecrã display generoso com todas as informações inerentes a um premium. Basta ter carteira e unhas para agarrar este “maquinão”.

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