secO futuro do trabalho oferece oportunidades e desafios sem precedentes. A digitalização, a globalização e as mudanças demográficas têm um impacto profundo na sociedade e no mercado de trabalho, o que implica uma gestão atenta para acompanhar a transição com a menor disrupção possível e retirando potencial desses desafios.

Neste contexto de mudança, as organizações precisam de se agilizar para o futuro do trabalho. Seja na tecnologia ou nos processos, é necessária infraestrutura para poderem avançar. Há competências chave a desenvolver para ser bem-sucedido no futuro mundo do trabalho, como manter a relevância, desenvolver uma marca sustentável ou construir uma rede de contactos recíproca.

Num momento de plena evolução tecnológica assinalada pela nova era da Globalização 4.0 em que vivemos, a transformação dos sistemas de comunicação, educação, transportes, distribuição, energia, entre outros, pressupõe uma nova atitude, um novo mindset tanto da parte dos empregadores como dos colaboradores.

Perspetiva-se que a tecnologia possa impactar ainda mais a realização do trabalho. É um facto que a digitalização tem alterado radicalmente o trabalho de uma forma positiva. A utilização de novas tecnologias para realizar tarefas mais eficientemente, a procura de emprego através de plataformas online, os sistemas de colaboração entre colegas de várias empresas e países, são algumas das vantagens importantes.

No entanto, a mudança traz também alguma incerteza. As carreiras profissionais poderão serão mais irregulares, em vez de progressivas como até agora, e a automatização dos processos pode substituir o trabalho humano a uma escala global que ainda não conhecemos.

No ano em que se comemora o centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a questão que se coloca às empresas, e ao recrutamento em particular, é como construir um mundo do trabalho que possa corresponder às necessidades das pessoas e das organizações nos próximos anos.

Preocupações com aspetos humanos, comportamentos éticos, políticas sustentáveis, estratégias de igualdade e inclusão, passaram a fazer parte das atuais exigências das pessoas que procuram uma determinada organização para desenvolverem a sua carreira e continuar a estar em foco. Essa deve ser também uma preocupação por quem lidera o processo de recrutamento, que deverá ter em conta a importância do talento e da sua retenção para a sustentabilidade de uma organização.

No mercado de trabalho em mudança, as competências certas farão a diferença. Investir em educação e no conhecimento interpessoal é imprescindível para qualquer pessoa saber o que a motiva e energiza, e será também enriquecedor para a empresa ou organização onde trabalha. Ter autoconfiança permite ainda muito maior controlo sobre a carreira e a possibilidade de progredir profissionalmente.

Por outro lado, num contexto laboral em contínua alteração, a capacidade de adaptação é uma das principais competências, dado que envolve proatividade, criatividade e autoconhecimento, qualidades valorizadas pelos especialistas em recursos humanos. No futuro mundo do trabalho, este é provavelmente o aspeto mais importante e a base para o desenvolvimento de uma carreira de sucesso.

Saber ajustar-se às transições e gerir a incerteza com determinação nunca foi tão pertinente como agora. A conjugação da dinâmica de componentes como o controlo, a curiosidade e o compromisso, associados a uma atitude positiva e otimista perante a vida, permitem antecipar a mudança, explorar novas oportunidades sociais e profissionais e contribuir para a gestão do sucesso em contextos diferenciados. Assim se caminha para o futuro do trabalho.