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O Insignia tem um capô que se eleva para proteger os peões

As novidades não param de surpreender os fãs dos automóveis. O mais “artilhado” Opel Insignia, o Grand Sport 2.0 Turbo D AT8 Innovation tem alguns pormenores de fazer inveja aos melhores premium do mercado.
15 Dezembro 2017, 11h50

Falamos, por exemplo, de um sistema de tração integral que está concebido para variar a potência distribuída às rodas, ou ainda a um capô em alumínio que, em caso de embate num peão, se eleva em décimos de segundo para permitir a proteção desse mesmo peão. Mas o Insignia tem outras soluções de proteção, tal como a travagem automática de emergência ou o sistema de correção automático de direção, ou ainda um alerta traseiro de aproximação de tráfego (o que nem sempre é agradável. A nossa opção foi desligá-lo). As câmaras de 360 graus com ângulo panorâmico são outra novidade. A visibilidade é indiscutivelmente melhorada, embora nesta parte tecnológica a marca possa vir a melhorar em termos de qualidade de imagem. De resto nada a criticar, destacando a qualidade dos faróis LED de 32 segmentos, sendo o sistema preciso e de grande qualidade. Transformar a noite em dia é fácil com esta tecnologia e tivemos oportunidade de fazer a experiência no Alentejo, em zonas de interior onde estava escuro como breu. De destacar as luzes nos “máximos” com um alcance de 400 metros.

Falar da motorização de um dois litros sobrealimentada, com um peso inferior ao modelo anterior e com consumos a rondar os 6 litros aos 100 km, sem necessidade de fazer grande esforço de poupança, é algo que poucos conseguem. Já aqui escrevemos sobre os modelos anteriores e sobre os quais dissemos serem opções de primeira grandeza, bem ao nível dos melhores premium. Aliás, este modelo da Opel é o topo de gama e merece estar junto das restantes grandes marcas alemãs. Da caixa automática de oito velocidades, que claramente foi otimizada em termos de atritos, só se pode falar bem.

Aproveitámos um fim de semana prolongado para rodar algumas centenas de quilómetros e perceber o que tem de especial um motor potente, um design aerodinâmico, um espaço interior grande e um sistema de entretenimento. E a resposta mais simples é conforto e segurança. À parte estes atributos, o design deste modelo de cinco portas muito aproximado a um coupé, não deixa ninguém indiferente. É um carro para o qual se olha. Claro que quem segue o tema percebe que este é, possivelmente, o veículo que melhor consegue incorporar o ADN do Monza Concept, a referência para toda a marca alemã. As linhas aerodinâmicas definidas por um corte na traseira dá-lhe um ar longo, mas também esguio, que é sinónimo de rapidez. A refinar o exterior estão as proporções na grelha com faróis mais finos dentro de uma linha que se pretende mais horizontal em toda a frente do veículo. Os painéis das portas estão diferentes, mais moldados, mais “clean” e um ar global mais robusto.

Os detalhes do interior estão alinhados com o exterior a nível de exigências. Um painel de instrumentos dividido em três grandes partes (sendo que não faria diferença se alguns dos botões se anulassem) torna a condução envolvente e intuitiva. Há espaço para tudo. A parte de infoentretenimento é crucial e um head up display permite de forma digital aceder a todos os instrumentos. Nos bancos de trás mantém-se a sofisticação com comandos independentes para os passageiros e uma novidade importante para o inverno, com a possibilidade de os bancos junto das janelas terem aquecimento individual. A bagageira de grandes dimensões é elétrica, podendo ser acionada à distância ou com o movimento do pé por baixo do guarda-lamas. A deteção de obstáculos ou de situações de risco permite que a bagageira interrompa o movimento de forma automática.

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