O deputado Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda (BE), afirma que “o Orçamento fica aquém das necessidades do país, mas também das possibilidades que o Governo tinha para poder ajudar as famílias num momento tão difícil”.
“Hoje sabemos que do valor do excedente orçamental 0,8%, um valor que demonstra como o Governo não está a fazer tudo o que pode para ajudar as famílias neste momento difícil e como este Orçamento é parte dessa ausência de sensibilidade numa situação tão difícil que as pessoas enfrentam”, salienta o deputado.
Pedro Filipe Soares considera que os salários são uma das questões fundamentais deste OE, mas conclui que “no período da inflação, e como é comprovado com este Orçamento do Estado (OE), os salários continuam a perder poder de compra, demonstrando o Governo que ao contrário daquilo que nos dizem, prática das suas políticas levam a uma perda salarial, uma perda de poder de compra e há cada vez mais mês para cada vez menos salários”.
Na Administração Pública, outro ponto fundamental para o BE, “olhamos para o Governo, vendo os bloqueios atuais do país, quer na educação quer na saúde, com a conflitualidade que está instalada e com a incapacidade do Governo de garantir serviços públicos de qualidade e essenciais às pessoas, pelos quais as pessoas pagam e sobre os quais têm direito, o Governo continua a garantir as suas políticas, que os elementos de conflitualidade que os bloqueios vão manter, e o recado que dá a todos os profissionais é que o braço de ferro será para manter”.
“O que retiramos deste OE é que o Governo continua a querer massacrar as pessoas com serviços públicos que não lhes respondem, porque não querem responder à necessidade de investimento que eles necessitam, por um lado, e ao apaziguamento da relação com os seus profissionais, que por outro seria necessário salvaguardar”, conclui o deputado.
Já nas matérias de habitação, o partido sublinha que “o Governo insiste em premiar a especulação garantindo que há dinheiro do OE para pagar a quem especulou, não baixando o preço das rendas, não baixando o preço das casas, e por isso não tendo uma ação como deveria ter para garantir que o custo da habitação é um custo digno na dimensão dos salários e não um prémio à especulação, com benefícios fiscais e outros para garantir que senhorios e proprietários mantêm os seus preços intocados, e desse ponto de vista mantendo portanto nas políticas públicas um pagamento à especulação e não uma salvaguarda do direito à habitação”.
“São medidas que consideramos fundamentais e que o Governo não mexe”, destaca o deputado.
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