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Em 2018, Wim Wenders realizou Papa Francisco: Um Homem de Palavra, em que o realizador alemão teve acesso exclusivo e sem restrições ao Vaticano e ao quotidiano do Sumo Pontífice. Combinando imagens das viagens do Papa com declarações públicas deste ou proferidas para o filme, Papa Francisco: Um Homem de Sucesso é um documentário diligente, edificante, algo palavroso e completamente reverente. Além de faltar informação sobre a vida pré-papal de Francisco, o filme não apresenta um único ângulo analítico ou crítico da personalidade do biografado, e das suas opiniões e acções enquanto ocupante da cadeira de Pedro na Terra.
As diferenças entre este documentário de Wim Wenders e A Viagem do Papa Francisco, de Gianfranco Rosi, são bastantes, do ponto de vista formal, como do estilístico e das intenções. O autor de Sacro GRA tem sobre Wenders a vantagem de, nestes últimos nove anos, o Papa ter feito 37 viagens a 53 países (incluindo a locais em que Rosi situou alguns dos seus documentários, caso de Fogo no Mar – a ilha de Lampedusa sobrecarregada de migrantes clandestinos – e Nocturno – o Médio Oriente em convulsão), dispondo assim de uma grande quantidade de imagens de arquivo para selecção, que compõem a maior parte de A Viagem do Papa Francisco, sendo as restantes da autoria de Rosi.
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