Nos últimos anos, o mundo tem enfrentado uma série de desafios que têm intensificado a incerteza sobre o futuro. Crises climáticas, fome, conflitos geopolíticos e pandemias, são alguns dos problemas que enfrentamos e nos rodeiam.

A imprevisibilidade que permeia nossa existência quotidiana transforma o planeta Terra num lugar cada vez mais perigoso para viver. A sensação de apreensão e insegurança é palpável e a pergunta é: Qual será o nosso futuro? A resposta terrestre tem sido: há água em Marte… Um brinde a Marte!

O planeta Terra pode explodir porque as atenções estão nos céus, nas guerras com drones, nos mísseis de longo alcance e passeios milionários na órbita espacial via SpaceX. A fome, a inflação e a miséria são coisas da terra…

Assistimos a um triste fenómeno, os valores civilizacionais, que antes regiam as nossas sociedades, estão sendo suprimidos pela força avassaladora do dinheiro e das armas. A ética, a solidariedade e o respeito pela vida, pilares fundamentais da convivência humana, estão a ser eclipsados por uma lógica de poder e dominação, onde o lucro se sobrepõe à dignidade.

As guerras modernas, impulsionadas por interesses, refletem a luta incessante por recursos e influência. É urgente um novo governance global, um novo contracto social, pois os países e corporações priorizam estratégias bélicas, transformando vidas em meras estatísticas e territórios em joguetes. O comércio de armas floresce com a indústria militar e logística a beneficiar-se da desgraça alheia.

É a morte dos valores civilizacionais de paz e entendimento, e ao vivo e a cores se erguem o medo e a desconfiança. Cada dia é mais visível a ascensão do poder, do dinheiro e das armas.

Aqui das Áfricas assistimos atentos… Já não há paciência para lições de moral, ética e bons costumes, pois o cenário é claro: o dinheiro e as armas são os verdadeiros governantes. Enquanto isso, Marte, orgulhoso e cheio de si, envia mensagens interplanetárias; “Mande notícias de como estão as guerras, a fome, as chuvas e secas”. E nós, os terráqueos, nos questionamos: “Quem sabe se esse não é o nosso bilhete para a liberdade? Podemos explodir essa bola azul?!” Aiiii!