De palavra de ordem a estilo de vida, a sustentabilidade promete já este ano transformar o dia a dia das pessoas e das organizações para um melhor planeta. Desde a adoção de modelos de consumo e negócio mais conscientes à criação de medidas regulatórias e de incentivo a uma economia mais verde, a Europa caminha a passos largos para atingir a neutralidade carbónica em 2050 (Pacto Ecológico Europeu ) para alavancar a transformação sustentável como forma de mitigar os efeitos das alterações climáticas e travar a perda da biodiversidade.

Eis algumas tendências que irão marcar o ano de 2020.

O consumidor tornar-se-á mais consciente, preocupando-se com o planeta na hora de decidir o que comprar. Desde o que comer ao que vestir, a tendência será para o aumento do conhecimento no que toca ao tema da sustentabilidade e para um maior compromisso das marcas face à transparência do seu modelo de negócio e proposta de valor (HBR – The Elusive Green Consumer ).

A economia será mais circular. À medida que as empresas se esforçam para reduzir o volume de desperdício e lixo produzido, a tendência estará na criação de valor adicional a partir de produtos já existentes e o upcycling ou reutilização criativa será a nova reciclagem, transformando subprodutos, resíduos ou produtos inutilizados em novos materiais ou produtos de melhor qualidade.

O caminho a seguir será o do zero desperdício. Com o compromisso estabelecido para a neutralidade das emissões de dióxido de carbono, as empresas tendem a abandonar o modelo “take-make-waste” a favor de um modelo mais sustentável, substituindo as embalagens de uso único e diminuindo a produção de lixo.

A moda está a tornar-se mais lenta. Upcycling, aluguer, lojas de roupa em 2ª mão, são apenas algumas das opções disponíveis para este novo modelo de consumo. Haverá, ainda, uma maior aposta em matérias primas locais, como fibras e corantes naturais, e na criação de materiais alternativos como as fibras sintéticas feitas a partir de plástico reciclado.

As viagens serão micro e os hotéis mais verdes. Segundo um artigo da National Geographic , este será um ano de maior consciência face ao impacto das nossas aventuras no planeta, destinos, comunidades locais e em nós próprios. Será dada especial atenção às emissões de dióxido de carbono e aos planos implementados pelas empresas para a sua compensação.

Até as finanças serão sustentáveis. Na transição para uma economia mais verde com baixa emissão de carbono, o setor financeiro tem um papel preponderante no apoio a modelos de negócio ou investimentos que integrem aspetos ambientais, sociais e de governança. (How do you fund a sustainable world? )

 

Tudo se transforma, até o seu negócio!