A Web Summit celebrou o seu regresso a Lisboa no início de novembro. Envolveu mais de 43 mil participantes (mais de 50% mulheres) de 128 países, aproximadamente 700 oradores, 1500 startups e cerca de 2000 jornalistas. A Web Summit continua a ser uma das maiores conferências tecnológicas a nível mundial e o Reino Unido, com o seu sector tecnológico vibrante e inovador, esteve mais uma vez no epicentro da cimeira.

Durante os últimos 400 anos, o Reino Unido tem estado na vanguarda da inovação tecnológica global e os nossos cientistas e empreendedores continuam a manter-nos nessa posição até hoje. Classificámo-nos em quarto lugar no Índice de Inovação Global (2020) e arrecadámos o segundo maior número de laureados com o Prémio Nobel (99). Charles Babbage e Alan Turing foram pioneiros na computação moderna e Tim Berners-Lee inventou a world wide web. As nossas universidades e startups tecnológicas estão à frente na corrida para o desenvolvimento da computação quântica viável e o Reino Unido é o mercado mais maduro da Europa para a Inteligência Artificial, albergando metade das fintech unicórnios europeias.

O Reino Unido tem sido também um importante pioneiro nas ciências da vida. Frederick Sanger foi o primeiro a sequenciar o ADN e o Wellcome Trust foi fundamental na descodificação do genoma humano. A colaboração entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca produziu uma vacina contra a Covid-19 que salvou já milhares de vidas e muitos dos medicamentos e tratamentos que estão a contribuir para o combate à pandemia em todo o mundo foram desenvolvidos nas nossas universidades e instituições científicas.

Por estes motivos, não surpreende que o Reino Unido tenha tido uma forte presença na edição deste ano da Web Summit. Mais uma vez, os britânicos foram o contingente estrangeiro mais numeroso, com um em cada dez visitantes e um em cada cinco oradores. No stand do Reino Unido, o maior de sempre na Web Summit, transmitimos por livestream conversas sobre comércio, empreendedorismo, tecnologia e sustentabilidade. Lançámos um concurso sobre Inteligência Artificial integrado no nosso “Global Entrepeneurs Programme”. A banda lisboeta The Peakles divertiu-nos com uma atuação ao vivo de clássicos do rock britânico. Empresas britânicas e outras organizações encontraram-se com um vasto número de parceiros e investidores de todo o mundo. E recebemos muitos empreendedores, de Portugal e não só, que procuravam saber mais sobre oportunidades para investir em terras britânicas.

O Reino Unido tem um mercado de consumo maduro e com elevado poder de compra, beneficia de uma economia aberta e liberal, talento de renome internacional e um dos ambientes reguladores mais favoráveis às empresas a nível mundial. Isso faz com que seja um dos mercados onde é mais fácil criar, dimensionar e fazer crescer uma empresa.

Os investidores têm acesso a um leque de programas de apoio ao crescimento para as empresas de todos os tamanhos e feitios, designadamente nas indústrias do futuro que irão apoiar o crescimento e recuperação económica sustentável, tais como o crescimento ecológico e a energia renovável, as ciências para a vida ou processos avançados de fabricação. E com o recente lançamento do Investment Atlas – uma nova plataforma online para identificar oportunidades de investimento estratégicas – este é sem sombra de dúvidas o melhor momento para os investidores virarem a sua atenção para o Reino Unido.