A atração e retenção de talento são fundamentais para o sucesso de uma organização, no setor energético (ver texto na página 6) ou em qualquer outro. Ter as melhores pessoas a desempenhar as funções certas, no momento certo, é a chave para o sucesso de qualquer negócio. Podemos vencer mesmo que não tenhamos capital nem tecnologia, conquanto tenhamos talento. Mas o contrário não é verdade.

Poder-se-ia pensar que, com a digitalização e a automatização o ‘toque humano’ deixará de ser necessário. Mas as máquinas precisam de alguém que defina os parâmetros em que devem funcionar. Ao invés de tornar supérflua a componente humana, a tecnologia torna-a ainda mais relevante e decisiva para o sucesso dos projetos e das organizações. O que nos deve fazer pensar sobre as melhores formas de atrair, reter e potenciar o talento.

Analisemos o assunto por dois ângulos: o das empresas e o das políticas públicas.

Por um lado, as empresas e organizações devem criar condições para atrair e manter os melhores, o que vai muito além da política remuneratória. Para isso é necessário compreender os tempos e perceber o que leva uma pessoa talentosa e competente a procurar permanecer numa organização. Quer crescer do ponto de vista profissional? Quer ter um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal? Quer sentir-se bem consigo e com os outros? As variáveis são muitas e nenhuma organização que queira ser bem sucedida, a prazo, as pode ignorar.

Por outro, temos o papel que as políticas públicas podem desempenhar na capacidade que os países têm para atrair os melhores profissionais, através de incentivos fiscais e outras medidas. Em tempo de preparação do Orçamento do Estado para 2020, esperemos que o legislador tenha presente esta necessidade.

 

Artigo publicado na edição de Novembro do Boletim Fiscal.