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O tamanho importa

É verdade que a confiança é uma condição necessária para se alcançar o sucesso na advocacia, e também na consultoria, mas não suficiente, porque é preciso entregar resultados de forma competitiva.
20 Dezembro 2024, 08h25

A determinante no novo ano para as empresas que formam o universo a que chamamos Advisory vai ser a escala, a dimensão que garante recursos suficientes para se ser competitivo num mercado em transformação. É isto que permite um maior investimento, nomeadamente em tecnologia, um dos fatores de mudança, e que possibilita sinergias e ganhos de eficiência.

Na advocacia – e na consultoria –, quando falamos de multidisciplinaridade e de sociedades multinacionais, estamos também a referir o acesso a capacidade, a pessoas e a informação. O managing partner de uma sociedade dizia-me, nestes dias, que através do seu computador de trabalho conseguia contactar 40 mil profissionais das redes da organização que integra em todo o mundo, que podia aceder a um enorme acervo histórico de projetos desenvolvidos e a dados sobre empresas e gestores, e que isso faz diferença na altura de construir propostas, de fechar negócio e, depois, de o desenvolver.

As sociedades internacionais que assentam praça em Portugal, ou as sociedades de advogados que passam a alinhar, de forma mais transparente, com organizações globais de consultoria, beneficiam do acesso a estes recursos que podem fazer a diferença, não só para quem opera no mercado português como também para quem tem atividade, por exemplo, nos países de expressão portuguesa.

É verdade que a confiança é uma condição necessária para se alcançar o sucesso na advocacia – e também na consultoria –, mas não suficiente, porque é preciso entregar resultados de forma competitiva. E o tamanho, neste caso, vai importar.

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