Neste verão, um dos temas que aqueceu as conversas foi certamente o saber se estamos ou não perante uma nova “bolha imobiliária”. Boa notícia, já que finalmente o imobiliário o investimento e a compra de casas voltam a ser questões relevantes e fundamentais na economia nacional.

Boa notícia é também saber que em 2017 se irá com toda a certeza registar o maior número do setor, prevendo-se atingir e superar as 130 mil transações imobiliárias, ultrapassando assim o ano de 2010, que detém ainda o número recorde de 129.950 casas vendidas.

Mais do que analisar se existe ou não a chamada “bolha imobiliária”, gostaria de deixar cinco reflexões fundamentais para que, de forma útil e sensata, o comum dos cidadãos as possam utilizar no momento das suas decisões.

A primeira reflexão, de base, é que o negócio imobiliário é um dos negócios mais importantes, de maior valor e mais complexos que existem e que, por isso, se se propõe investir nesta área, seja com o propósito de habitação ou rendimento, recorra aos profissionais do setor, contrariando assim a tentação, que terá, de recorrer à opinião dos seus conhecidos, amigos e familiares.

A segunda reflexão é pensar sempre numa perspetiva de médio e longo prazo, cinco a dez anos são bons períodos de análise – de realçar que, no longo prazo, o investimento imobiliário gera sempre interessantes taxas de retorno.

A terceira reflexão é ponderar no que realmente se propõe fazer, evitando a tentação de seguir aquilo que na psicologia se designa como “efeito de manada”. No imobiliário existem diversas formas de obter retorno, por isso siga aquela que faça mais sentido para si. Já reparou, por exemplo, que no mercado de long-term-rental se assiste hoje a uma das mais interessantes subidas em termos da taxa de retorno?

Em quarto lugar reflita, de forma crítica, sobre o preço, a zona e o projeto que lhe estão a apresentar e, sobretudo, sobre a coerência e integração destas três variáveis. A racionalidade desta analise é critica para evitar futuras perdas e desânimos.

Por último, pondere sobre o conceito de pressão de preço, identificando para a zona onde se propõe investir os locais de maior e menor pressão imobiliária, tendo em conta que os locais de que todos falam podem revelar-se no curto prazo de menor retorno, em contraste com zonas onde a pressão ainda é menor e onde se poderão obter no futuro excelentes taxas de retorno do investimento.

Estas reflexões, em conjunto com o recurso a uma empresa do setor imobiliário, servirão com certeza para preparar e avaliar melhor o processo de aquisição de um imóvel, reduzindo fortemente a sua exposição ao risco imobiliário.