Foram 49 audições numa Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a indemnização indevida a Alexandra Reis que se transformaram num espectáculo de pornochachada que derivou para o SIS (caso gravíssimo) e alucinações num gabinete ministerial que provaram que a TAP era o Vietname deste Governo e, acima de tudo, a leviandade com que se gere o sector empresarial do Estado.

Sim, porque se Fernando Medina não tivesse escolhido Alexandra Reis para a sua equipa das Finanças, provavelmente, esta continuaria sentada na administração da NAV e com os 500 mil euros que recebeu sem que ninguém tugisse nem mugisse.

No meio de um enorme ruído que cansou os portugueses, alguém tinha de sair vivo e empoderado. Foi Pedro Nuno Santos. Que depois das trapalhadas sucessivas de João Galamba e das suas próprias – não caíram no esquecimento o anúncio da solução para o novo aeroporto sem avisar o primeiro-ministro e os 22 dias de amnésia sobre a autorização que concedeu por WhatsApp à dita indemnização – surgiu como “The Next Big Thing” do PS. Magnífico e galvanizador para a esquerda, não sei se bom para os moderados e centristas. E sem eles não se ganham eleições.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.