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OE2021: Jerónimo de Sousa diz que “o que está em cima da mesa não chega” para garantir viabilização

O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, reconhece que “houve um esforço de aproximação” por parte do Governo àquelas que foram as propostas apresentadas pelo PCP, mas sublinha que “PCP quer mais”.
  • Mário Cruz/LUSA
13 Outubro 2020, 00h20

O Partido Comunista (PCP) considera que as medidas que constam na proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) são “claramente insuficientes” para fazer face à crise provocada pela Covid-19. O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, reconhece que “houve um esforço de aproximação” por parte do Governo àquelas que foram as propostas apresentadas pelo PCP, mas sublinha que “PCP quer mais”.

“O que está em cima da mesa não chega. Não corresponde aos objetivos centrais que nós colocamos. É claramente insuficiente em muitas matérias, desde a questão das creches e lares à proteção daqueles que perderam tudo e que não têm hoje qualquer meio de subsistência”, afirmou Jerónimo de Sousa, em entrevista ao “Polígrafo”, na SIC Notícias, após ter sido entregue a proposta do Governo para o OE2021.

Apesar disso, o líder comunista admitiu que houve propostas do PCP que foram incluídas (ainda que algumas delas apenas parcialmente) na proposta orçamental e assegurou que o vai levar os comunistas vão “a persistir” na defesa das suas propostas, que consideram “justas, exequíveis e necessárias” para o país. “O PCP não abdica de qualquer batalha sem antes a realizar”, salientou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista recusou comprometer-se com um sentido de voto à proposta orçamental do Governo, salientando que “é perante conteúdos concretos da proposta de Orçamento do Estado” que o PCP irá trabalhar. “Não é nim, nem sim, nem não”, disse, deixando a porta aberta a negociações com o Executivo de António Costa até à votação do documento na generalidade, o que acontecerá a 28 de outubro.

“Não procurando fazer qualquer birra, mas com objetividade, profundidade, analisaremos o que lá está [na proposta de OE2021 do Governo] e o que lá faz falta”, realçou.

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