O Governo prevê investimentos na ferrovia e transportes públicos, por parte do Estado, na ordem dos 1.344 milhões de euros em 2024, indica o relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento do Estado para o próximo ano.
Este montante divide-se em três eixos: investimentos na Ferrovia 2020; Expansão da Rede e investimento em aquisição de frotas, seja de comboios, autocarros rápidos, metros ou barcos.
Na Ferrovia 2020 o Estado prevê gastar 422 milhões de euros no próximo ano: 128 milhões no Corredor Internacional Sul, 105 milhões de euros no Corredor Internacional Norte, mais 60 milhões no Corredor Norte-Sul 1 e 128 milhões em corredores complementares. Ainda assim, este investimento é sensivelmente o mesmo (menos um milhão) do que estava previsto executar este ano de 2023.
Na Expansão da Rede, o Governo inscreve 717 milhões de euros de investimento no OE para 2024. A linha Amarela e Rosa do Metro do Porto recebe 115 milhões de euros e outros 167 milhões para a Linha Casa da Música – Santo Ovídio.
A linha de autocarros rápidos (BRT) entre a Boavista e o Império receberá cinco milhões de euros de investimento.
“No âmbito da mobilidade metropolitana, está em curso a construção das novas linhas de metro nas cidades do Porto e de Lisboa, bem como a concretização do novo sistema de mobilidade do Mondego para os municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, cujos investimentos se enquadram no objetivo fundamental de alcançar a neutralidade carbónica em 2050”, indica o governo no documento.
Na zona Sul, o Metro de Lisboa recebe duas fatias: 159 milhões de euros para o troço entre o Rato e o Cais do Sodré e a expansão da linha vermelha até Alcântara. Já o Metro Ligeiro de Superfície (Odivelas/Loures) receberá 97 milhões de euros.
O investimento em aquisição de novas frotas representa menos de um terço do que se espera para a expansão das redes. Ou seja, o Estado prevê gastar em 2024 cerca de 205 milhões de euros na aquisição de comboios para a CP (99 milhões), metros para o Metro de Lisboa (29 milhões), barcos para a Transtejo (30 milhões), veículos para o Metro do Porto (5 milhões). O material circulante do Mondego vai receber um investimento de 42 milhões de euros.
“No plano rodoviário, salienta-se o objetivo de renovação e reabilitação da rede rodoviária, promovendo a digitalização no setor das infraestruturas, a conclusão de obras em curso, visando a coesão territorial e a conetividade transfronteiriça, bem como a melhoria dos acessos às áreas empresariais, aos aeroportos e portos, com impacto quer para as economias locais quer para as ligações entre portos, aeroportos e ferrovia, a concretizar mediante um importante conjunto de investimentos plurianuais”, sublinha o relatório que acompanha o OE2024.
No que respeita ao transporte fluvial, “a Transtejo prosseguirá a execução do plano de renovação da sua frota, o qual inclui a aquisição de cerca de dez novos navios elétricos, tendo já sido adjudicada a aquisição e construção de postos de carregamento e a respetiva manutenção. Em 2023, foi entregue o primeiro daqueles navios, tendo sido feita a sua viagem inaugural para a realização de testes e formação. A construção dos restantes encontra-se em curso. Este investimento permitirá à Transtejo potenciar a sua missão enquanto operadora de serviço público de transporte fluvial, ao serviço da mobilidade e da qualidade de vida das pessoas, e contribuir para a descarbonização do setor”.
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