Arranca esta quarta-feira, 21 de maio, no Taguspark, a primeira edição do Oeiras Valley Science Festival: 30 sessões e mais de 80 oradores ao longo de cinco dias. O programa é totalmente dedicado à área STEAM (Science, Technology, Engineering, Art, Mathematics) com destaque para a descoberta do espaço e a ciência e preponderância para a Inteligência Artificial (IA).
O Festival dedica os três dias iniciais às visitas escolares – fomentando a curiosidade dos mais novos para os temas da ciência e tecnologia –, seguindo-se um fim de semana preenchido com apresentações, conferências e mesas redondas abertas a todos e de acesso gratuito.
A IA está no centro da programação, com vários especialistas nacionais e internacionais a refletir sobre a sua aplicação no passado, presente e futuro, explorando o uso destas ferramentas em sectores como a arte e a banca, o espaço e as neurociências, o clima e a produção alimentar.
“A IA é praticamente notícia diária nos mais variados meios de comunicação, incluindo as redes sociais”, salienta o físico, professor catedrático jubilado e ex-deputado à Assembleia da República, Alexandre Quintanilha, o que na sua perspetiva, “não admira, pois fascina uns e assusta outros”. “Ela está connosco há décadas, presente num número crescente de profissões e até das nossas rotinas diárias. O Festival tem como objetivo ilustrar essa presença, dando exemplos concretos da sua utilização e do seu impacto”.
“Queremos que seja uma viagem exploratória junto de um público que gostaria de estar mais bem informado sobre o papel da IA na sua vida atual”, sublinha o físico.
Alexandre Quintanilha é diretor científico do Oeiras Valley Science Festival, que é organizado pelo Município de Oeiras, tendo o Taguspark como co-organizador e a The Science Project (subsidiária da The Book Company) como promotora. O projeto conta com curadoria do cientista Vítor Cardoso.
Nas atividades para o fim de semana, destaque para os quatro “Plenários”. O primeiro, com início às 11h10 de sábado, apresenta como tema “Um Universo Incompreensível”, tendo como protagonistas dois vultos do sector: Pedro Gil Ferreira, astrofísico português, atualmente professor na Universidade de Oxford, e Vítor Cardoso, figura incontornável do universo científico nacional, em particular na pesquisa sobre buracos negros.
O segundo “Plenário” do dia vai levar o público numa viagem entre o passado e o futuro da Inteligência Artificial, contando para isso com a visão especializada de José Carlos Príncipe – professor catedrático distinto na Universidade da Flórida, Estados Unidos, e considerado pioneiro em redes neurais e aplicações da teoria da informação para “machine learning”.
David Stork é um dos novos nomes associados ao Festival, marcando presença para dinamizar o terceiro “Plenário”, que vai incidir sobre o tema da sua mais recente obra “Pixels & paintings: Foundations of computer-assisted connoisseurship”. A intervenção do físico, que vai decorrer às 14h30 de domingo, vai explorar a forma como os computadores “olham” para a arte e tem o apoio da FLAD. Finalmente, o último plenário vai focar-se na “Busca por Sinais de Vida Além da Terra”, contando com a presença de um dos primeiros nomes confirmados no Festival: Sara Seager, professora, astrónoma e cientista planetária que partilhará os avanços mais recentes nesse campo.
Joseph Paton, coordenador do programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, estará no Taguspark no sábado, às 16h00, para incitar à reflexão sobre inteligência artificial vs. inteligência natural. Já Ana Noronha, diretora executiva da Ciência Viva, e Magda Cocco, sócia responsável da Área Comunicações, Proteção de Dados & Tecnologia, na Vieira de Almeida & Associados, vão juntar-se à engenheira aeronáutica Chiara Manfletti para debater a IA e o espaço.
Pode consultar aqui a: Programação OVSF
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
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