Oferta de casas por menos de 100 mil euros em Portugal não foi impactada pela pandemia

A oferta de casas em Portugal por menos de 100 mil euros não aumentou com a pandemia da Covid-19, segundo os dados do portal ‘Idealista’. Em março de 2021, apenas 5,8% das casas anunciadas nas principais cidades do país tinham um preço inferior a 100 mil euros, enquanto no mês anterior ao início da pandemia (fevereiro de 2020), essa percentagem situava-se nos 6,2%.

Em Lisboa, o número de casas à venda por menos de 100 mil euros manteve-se inalterado durante crise pandémica, representando 0,2% do total, tanto em fevereiro de 2020 como em março de 2021. Ampliando o intervalo de preços até aos 200 mil euros, verificou-se que na capital portuguesa as casas por menos de 100 mil euros representavam 10% de toda oferta disponível durante o mês de fevereiro de 2020. Já em março de 2021 representava 10,1%, verificando-se, portanto, uma subida praticamente residual.

Já na cidade do Porto, as casas à venda por menos de 100 mil euros representavam 1,2% antes da pandemia, percentagem que diminuiu para 1% em março deste ano. No intervalo de preços até aos 200 mil euros, a “invicta” tinha 30,2% do parque habitacional por baixo desse valor em fevereiro de 2020 enquanto, no mês de março deste ano, reduziu para 29,4%.

Nas cidades mais caras do país para comprar casa, segundo o relatório de venda do idealista do primeiro trimestre de 2021, depois do Porto e Lisboa, o peso das casas anunciadas para venda por menos de 200 mil euros também variou. No Funchal (Madeira), as casas por menos desse valor passaram de representar 24,3% em fevereiro de 2020 para 21,8% em março de 2021. O mesmo aconteceu, por exemplo, em Faro (de 21% para 18,4%). Já em Aveiro e Coimbra, o número aumentou de 43,5% para 44,3% e de 44,5% para 45,2%, respetivamente.

Setúbal foi a capital de distrito onde o peso das casas anunciadas para venda a custar menos de 100 mil euros mais aumentou durante o ano da pandemia – passou de 13,2% em fevereiro de 2020 para 16,2% em março de 2021. Seguem-se Ponta Delgada (Açores), que passa de 12,1% para 14,3%, Santarém (de 43,1% para 44,3%) e Coimbra (de 12,8% para 13,8%).

Por outro lado, a percentagem de casas à venda por menos de 100 mil euros diminuiu em 14 capitais de distrito. Foi em Leiria onde a oferta mais desceu, sendo que, em fevereiro de 2020, as casas por menos desse valor representavam 20,9% do mercado disponível, e em março 2021, representam 17%. Seguem-se Viana do Castelo (de 16,4% a 13,6%), Guarda (de 47,8% a 45,5%), Braga (de 10,4% a 8,2%) e Vila Real (de 24,7% a 22,6%).