Do outro lado da linha, o que ouvimos é música para os ouvidos: “Olá, recebemos o seu currículo…”. A voz robotizada mimetiza a voz humana, sugerindo, à partida, uma oferta de emprego. O que o ecrã do telemóvel não mostra é que o telefonema tem origem num software que faz chamadas em série de uma qualquer base de dados.
O objetivo é o mesmo de qualquer outra fraude do género: recolher dados pessoais, o petróleo do século XXI, ou extorquir dinheiro sob falsos pretextos. Muitas vezes, é o “dois em um”.
“As fraudes no recrutamento têm vindo a crescer de forma preocupante, impulsionadas pela digitalização e pelo aumento da utilização de plataformas de emprego online”, diz Álvaro Fernández, diretor-geral da Michael Page Portugal, ao Jornal Económico. “São esquemas fraudulentos, que passam pela divulgação de ofertas de trabalho fictícias, utilizando uma multiplicidade de canais de comunicação e que visam, entre outras coisas, a obtenção indevida de dados pessoais e financeiros dos candidatos”, explica.
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