O primeiro-ministro anunciou hoje o encerramento das escolas a partir de amanhã, sexta-feira, 22 de janeiro, com a atividade letiva a ficar toda suspensa.
“Apesar de todo o esforço que as escolas fizeram para se preparar e funcionar de forma normal face a esta nova estirpe e a velocidade que ela comporta, manda o principio da precaução que procedamos a interrupção de todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias”, disse António Costa esta quinta-feira.
“A interrupção será devidamente compensada no calendário escolar da forma que o ministro da Educação ira ajustar com o conselho de diretores de escola de forma a compensar estes 15 dias que se irão perder de ensino presencial, com o alargamento do ensino presencial noutro período dedicado a férias”, acrescentou.
Na sua intervenção, António Costa voltou a reafirmar que as escolas “não são nem foram o principal foco de transmissão, nem são nem foram o principal local de transmissão”.
Portugal atingiu hoje novo recorde de vítimas mortais: 221 óbitos nas últimas 24 horas, um total de 9.686 em 10 meses de pandemia. Já o número de casos subiu 13.544 para 595.149, segundo os dados da DGS.
A pesar na decisão também terá estado o facto de Portugal ter registado ontem um dos piores dia da pandemia: recorde de novas infeções (14.467) e de mortes (219), que foi ultrapassado pelos números de hoje.
O Presidente da República já disse concordar com o encerramento das escolas e universidades em Portugal como medida para travar a pandemia que voltou a bater recordes de casos e de mortes na quarta-feira.
“Penso que é uma boa solução. Primeiro, não é fácil distinguir entre ciclos e fechar A ou B ou C ou D. Em segundo, a disseminação social está a entrar nas escolas, o número de turmas que estão em casa aumentou muito substancialmente nos últimos tempos e alguns dos testes que começaram a ser feitos nas escolas apontam para a prudência”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista ao Porto Canal.
Depois de chegar de Bruxelas, onde esteve no Parlamento Europeu, António Costa esteve reunido na noite de quarta-feira com os ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Saúde, Marta Temido, da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e do Ensino Superior, Manuel Heitor.
“Fizemos um ponto de situação sobre a alarmante propagação da pandemia em Portugal”, escreveu António Costa nas redes sociais no dia em que Portugal registou o pior dia da pandemia desde o seu início há 10 meses.
“Analisámos a informação que os epidemiologistas partilharam com o Governo, designadamente sobre o crescimento da variante britânica do vírus. Esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, decidiremos em conformidade, com a certeza de que a prioridade é salvar vidas e controlar a pandemia”, segundo o governante.
Portugal regista novo recorde de vítimas mortais por Covid-19
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