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Oficial. KKR fica com mais de 90% da Greenvolt e com ‘via verde’ para sair de bolsa

Companhia ultrapassa a meta estabelecida para tirar a energética de bolsa. Apenas pouco mais de 2% do capital não aceitou vender as suas ações nesta OPA.
25 Outubro 2024, 16h33

A KKR concluiu a OPA sobre a Greenvolt e ficou com mais de 90% da energética portuguesa, atingindo a meta a que se propunha como condição para retirar a empresa de bolsa.

Desta forma, a KKR fica com 97,7% da Greenvolt, com mais de 159 milhões de ações. A liquidação da oferta terá lugar a 29 de outubro.

Esta OPA incide sobre os 15% da Greenvolt que a KKR ainda não detém. A contrapartida oferecida é de 8,3107 euros por ação, acima dos 8,30 da OPA inicial.

O fundo norte-americano tinha estipulado que, se passasse a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, iria acionar o mecanismo da OPA potestativa. Objetivo: retirar a companhia da negociação em bolsa. “Caso a Oferente venha a deter 90%, ou mais, dos direitos de voto da Sociedade Visada, a Oferente exercerá o direito de
aquisição potestativa previsto no artigo 194.º do Código dos Valores Mobiliários, o que resultará na exclusão das ações da
admissão à negociação no Euronext Lisbon”.

O efeito KKR já se faz sentir nos cofres da Greenvolt, com o nome do fundo de investimento norte-americano a abrir as portas da alta finança europeia e asiática à companhia portuguesa.

A Greenvolt financiou-se recentemente em 400 milhões de euros para colocar em marcha o seu ambicioso plano de investimento que visa a construção de mais de 9 gigawatts de grandes centrais de energias renováveis.

O novo financiamento “permite à empresa continuar a crescer. A KKR, além do seu conhecimento, traz sobretudo uma capacidade de acesso”, disse ao JE o CEO João Manso Neto recentemente.

A 15 de outubro, a administração da Greenvolt reagiu à oferta apresentada pelos norte-americanos da KKR para comprar os restantes 15% da Greenvolt que ainda não controlam.

“O Conselho de Administração da Greenvolt reafirma, pelo presente (…) as suas conclusões sobre a Oferta apresentadas no Relatório do Conselho de Administração da Greenvolt de 18 de janeiro de 2024″, pode-se ler no comunicado enviado à CMVM.

O Conselho de Administração insta cada Acionista a tomar uma decisão individual com base nos seus objetivos como investidor e Acionista da Greenvolt, se necessário com recurso à assessoria legal, fiscal ou financeira que entender adequada, ponderando a aceitação ou não da mesma”, acrescenta.

No relatório de janeiro, a Greenvolt disse: “o acesso da Greenvolt a capital acionista adicional” em “termos que possibilitem acelerar o plano de negócios e um maior aproveitamento de oportunidades adicionais de investimento, poderia contribuir para um crescimento significativamente superior ao decorrente do atual plano de negócios da Sociedade Visada e conduzir a uma valorização da Greenvolt superior à refletida na contrapartida”.

“O valor por ação apresentado pela Oferente baseou-se num plano de negócios alinhado com as projeções dos analistas das instituições financeiras que cobrem as ações da Greenvolt, refletindo o posicionamento estratégico único e diferenciador da sociedade visada, mas também os desafios adjacentes, abrangendo, nomeadamente, aspetos comerciais, operacionais, fiscais, financeiros e jurídicos”, afirmou na ocasião, tendo agora remetido novamente para esta resposta.

 

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