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Oitenta empresários debatem o Oeste e a ligação a Portugal e ao mundo

O fórum “Conversas com Futuro: o desenvolvimento económico e social da Região Oeste e do País – constrangimentos e oportunidades” realiza-se na Quinta dos Anjos (Silveira – Torres Vedras) e fecha simbolicamente o programa de celebrações dos 25 anos da Tecline.
22 Novembro 2024, 13h48

O concelho de Torres Vedras é historicamente um dos que mais vinho produz no país, mas está a atividade devidamente potenciada? Pode o setor agrícola da região, até na horticultura, criar marcas de alto valor e maior dinâmica de exportação? E a nível interno, de que forma podem ser resolvidas lacunas viárias e ferroviárias crónicas, como a ligação Torres Vedras – Carregado em autoestrada, ou o ramal entre a Linha do Oeste à Gare do Oriente?

Estes são apenas alguns dos temas centrais colocados em análise esta sexta-feira, nas “Conversas com Futuro: o desenvolvimento económico e social da Região Oeste e do País – constrangimentos e oportunidades”, uma iniciativa que vai reunir 80 empresários representantes dos principais agentes económicos da região, e que contará com o contributo de Luís Campos e Cunha (economista e ex-ministro das Finanças), Álvaro Beleza (presidente da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), Manuel José Guerreiro (presidente da Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras) e João Catalão (empresário).

O promotor é António Ferreira dos Anjos, também ele empresário, administrador do Grupo Tecline, player do setor automóvel. “Estes são alguns dos temas cuja discussão queremos evidenciar, porque são cruciais para a economia local e para o País”, avança. “Queremos criar uma oportunidade de reflexão, que integre o pensamento e a visão que os empresários, os economistas e demais agentes têm para a região e para o País. O Oeste, por exemplo, tem potencial para desenvolvimento de um cluster na área da saúde, já dispõe de várias instituições na região que são referência mundial nessa área. Mas outros clusters fariam sentido: Na vinha e no vinho temos muitas entidades geridas autonomamente, com recursos limitados, sem acesso à exportação e às mais sofisticadas tecnologias de produção, de conservação, de criação de Marca, de acesso a redes de distribuição dentro e fora do País”.

O território da educação não fica esquecido. “Faria todo o sentido a existência de um grande polo académico, pensado e construído de raiz, na periferia da cidade que traria jovens do País e do estrangeiro para a nossa Região. Implicaria a construção de residências universitárias e todos os equipamentos necessários a estas atividades académicas, desde bibliotecas a equipamentos de desporto e lazer. Traria a nossa Região para o conhecimento e poderia ser colocado em prática numa parceria entre o público e o privado com enorme vantagem para a comunidade em geral”, prossegue António Ferreira dos Santos.

O fórum “Conversas com Futuro: o desenvolvimento económico e social da Região Oeste e do País – constrangimentos e oportunidades” realiza-se na Quinta dos Anjos (Silveira – Torres Vedras) e fecha simbolicamente o programa de celebrações dos 25 anos da Tecline. “As empresas têm sobretudo uma função social; acreditamos que devemos promover a ligação à Sociedade e aos principais atores, públicos e privados, desencadeando ideias e mecanismos de desenvolvimento da comunidade”.

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