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Oito portugueses entre os vencedores do maior programa universitário de inovação digital da Europa

O European Innovation Academy é o maior programa universitário de aceleração em Inovação Digital da Europa. A terceira edição realizou-se entre os dias 14 de julho e 2 de agosto. Há oito portugueses entre os vencedores, com projetos que vão desde apoio a invisuais e a crianças com doenças crónicas até bicicletas com airbaigs.
6 Agosto 2019, 07h36

Dos 50 estudantes universitários finalistas da terceira edição do European Innovation Academy (EIA), o maior programa de aceleração em Inovação Digital da Europa, há oito universitários portugueses entre as dez equipas com projetos vencedores, anunciou a EIA na segunda-feira. Os projetos vencedores consistem em propostas de mudanças de hábitos em diferentes áreas da sociedade, recorrendo à tecnologia.

A fórmula para o sucesso foi encontrada com o apoio de mais de cem mentores nacionais e internacionais, alguns com experiência em Silicon Valley, o ex libris da inovação digital norte-americana. As equipas tiveram de desenvolver protótipos, angariar clientes e captar investidores através de uma breve apresentação da respetiva startup.

Os portugueses vencedores emergiram de cinco projetos, entre um total de dez vencedores. É o caso da MyfriendOBI, uma plataforma que funciona como um amigo para apoiar crianças com doenças crónicas a partilhar os seus sentimentos e gerir tratamentos.

A equipa que criou a GroupPay, uma aplicação que vem simplificar os pagamentos em grupo, também tinha portugueses na génese. Também a APTIC, uma aplicação para apoiar invisuais que deteta objetos em tempo real e descreve o ambiente em redor, tem ADN português. Há ainda o Biotimix, um dispositivo que permite a criação de tecido humano com recurso a impressões 3D que foi criado com dedo português. O SafeSeat, uma  cadeira de criança para bicicletas com um airbag instantâneo que abre em caso de queda, também conta com idioma português.

Foi ainda atribuído um wild card (vaga) ao projeto Iliaki Solutions, que propõe a criação de uma película de cobertura que recolhe mais fotões e duplica a eficiência de painéis solares, que também teve influência portuguesa.

Os portugueses premiados, antes de se destingirem entre os 50 finalistas, tiveram de superar várias fases ao longo de quinze dias de trabalho intenso de desenvolvimento e apresentação dos seus projetos. Entre os dias 14 de julho e 2 de agosto, em Cascais, o EIA colocou em prova 500 participantes, provenientes das melhores universidades de 60 países diferentes.

O prémio? As equipas vencedoras irão têm desde segunda-feira, 5 agosto, a oportunidade de receber mentoria de vários especialistas do EIA para o arranque dos projetos.

Além disso, têm a oportunidade complementar a formação universitária em Itália, Hong Kong e Qatar. Aos estudantes estrangeiros também surge a oportunidade de estudar em Portugal. Estas oportunidades surgem sob forma de currículos universitários desenvolvidos através de parcerias com diversos profissionais provenientes, por exemplo, da Universidade de Stanford, U.C. Berkeley, mas também com empresas como a Google.

Os outros projetos vencedores, que não contam com portuguesas na sua criação, são a Bippy, uma aplicação que permite identificar estacionamentos livres e os seus preços; a HustleAPP, uma plataforma para apoiar o lançamento de artistas; a AME, uma solução que evita a incrustação biológica nos cascos dos navios; a Taiche, uma solução para reutilização de plástico; e a UrbanBee, uma solução que permite monitorizar abelhas de forma automática.

Os vencedores foram anunciados na cerimónia final que aconteceu no dia 2 de agosto no Centro de Congressos do Estoril.

A realização da terceira edição do European Innovation Academy contou com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, do Banco Santander e da incubadora da multinacional Daimler (a Lab1886), bem como com a intervenção da Beta-i e da Nova SBE, da Universidade Nova de Lisboa, e da Carris.

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