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OMS cria programa para distribuir medicamentos contra a Covid por menos de 10 euros

Para arrancar com a iniciativa intitulada de ACT-A, a OMS pede um financiamento adicional de 22,8 mil milhões aos líderes mundiais do G20.
  • Organização Mundial de Saúde
19 Outubro 2021, 11h12

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai ficar encarregue de liderar um programa que visa garantir que os países mais pobres têm acesso justo a vacinas, testes e tratamentos contra a Covid-19. De acordo com um documento interno datado a 13 de outubro a que a “Reuters teve acesso esta iniciativa intitulada de ACT-A, pretende conseguir medicamentos antivirais para pacientes com sintomas leves por apenas 10 dólares (cerca de 8,58 euros).

Segundo a publicação, a pílula experimental molnupiravir da Merck & Co. é um dos fármacos visados para integrar a lista de medicamentos desta iniciativa que pretende, até setembro de 2022, entregar mil milhões de testes anti Covid-19 aos países mais pobres e adquirir medicamentos para tratar 120 milhões de pacientes em todo o mundo. Estes preparativos surgem na sequência de uma previsão que estima que nos próximos 12 meses sejam detetados cerca de 200 milhões de novos casos deste vírus.

A nova iniciativa sublinha a motivação da OMS querer reforçar o fornecimento de medicamentos e testes a um preço relativamente baixo depois de ter ficado para trás na corrida às vacinas em relação aos países mais ricos que, logo no arranque da distribuição destes fármacos, conseguiram ficar com grande parte das remessas disponíveis no mundo, deixando os países mais pobres com números residuais.

O ACT-A pede, portanto, aos líderes mundiais do G20, do qual faz parte a União Europeia, um reforço adicional de 22,8 mil milhões de dólares (cerca de 105,31 mil milhões de euros) até setembro do próximo ano, cheque que será usado para para comprar e distribuir vacinas, testes e medicamentos para os países mais pobres. Até ao momento, já foram prometidos 18,5 mil milhões de dólares (cerca de 15,87 mil milhões de euros).

Este pedido de financiamento é baseado em estimativas detalhadas sobre o preço dos medicamentos, tratamentos e exames, que representarão os maiores gastos do programa depois do custo da distribuição das vacinas.

Apesar da OMS estimar que o valor da pílula experimental da Merck & Co seja de 10 dólares, um estudo realizado pela Universidade de Harvard estimou que o molnupiravir poderia custar cerca de 20 dólares (cerca de 17,15 euros) se produzido por fabricantes de medicamentos genéricos, com o preço potencialmente a cair para  7,7 dólares (6,6e euros) caso a produção seja otimizada.

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