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OMS recomenda fumadores a deixarem vício para prevenir situações graves na pandemia

O representante em exercício da OMS defendeu que o tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública, recomendado um esforço conjunto para continuar a implementar políticas abrangentes para o controlo do tabagismo.
29 Maio 2020, 17h24

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou aos fumadores que tomem medidas imediatas para deixarem de fumar, para se prevenirem de situações graves caso sejam infetados pelo novo coronavírus.

Num comunicado divulgado hoje sobre o Dia Mundial Sem Tabaco, o representante em exercício da OMS em Angola, Javier Aramburu, disse que o tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública, recomendado um esforço conjunto para continuar a implementar políticas abrangentes para o controlo do tabagismo.

“Nos 20 minutos seguintes à desistência do tabagismo, o ritmo cardíaco elevado e a pressão arterial do fumador baixam. Após 12 horas, o nível de monóxido de carbono na corrente sanguínea desce ao normal. Dentro de duas a 12 semanas, a circulação melhora e a função pulmonar aumenta. Após um a nove meses, a tosse e a falta de ar diminuem”, concluiu Javier Aramburu.

Por sua vez, a diretora do Instituto Nacional de Luta Antidrogas (Inalud), Ana Graça, referiu que, em parceria com a Direção Nacional de Saúde Pública e a OMS, tem-se dado destaque a ações preponderantes para o controlo do tabagismo, através da aprovação de leis e políticas que favorecem a criação de espaços públicos livres de tabaco, educação para as crianças e jovens, para os riscos, bem como o agravamento das taxas sobre o tabaco.

“O tabaco representa um obstáculo ao desenvolvimento e uma ameaça aos esforços de prevenção, tratamento e controle da covid-19”, disse Ana Graça.

A dirigente do Inalud salientou que “as mortes e as doenças relacionadas com o tabaco são fatores de pobreza, deixando as famílias sem quem as sustenta, e torna-se mais evidente agora com a pandemia da covid-19, tendo em conta os riscos que enfrentam os fumadores”.

A nota da OMS sublinhou que, anualmente, mais de oito milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido ao tabagismo, e mais de sete milhões destas mortes resultam do consumo direto de tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhões são devidas à exposição de não fumadores ao fumo passivo.

Adicionalmente, 94 milhões de homens, 13 milhões de mulheres e um em cada cinco adolescentes consomem produtos de tabaco. Como consequência, todos os anos, 146 mil africanos morrem de doenças relacionadas com o tabaco e as doenças relacionadas com o tabagismo representam 3,5% do total anual das despesas de saúde na região.

Angola regista 77 infetados pelo novo coronavírus e quatro mortos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

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