Onda vermelha penaliza EDP Renováveis e Mota-Engil
O dia de segunda-feira foi vermelho para a praça lisboeta e para as suas congêneres europeias. O efeito verde que contagiou os mercados na sexta-feira, com o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, a abrir as portas a uma baixa nas taxas de juro, em setembro, acabou por ter duração curta. Na bolsa portuguesa EDP Renováveis e EDP estiveram entre as mais afetadas devido a “ventos adversos” do setor.
Na praça portuguesa, as cotadas mais afetadas pela onda vermelha de segunda-feira foram a Mota-Engil e a EDP Renováveis, que viram os preços das suas ações caírem 3,08% e 2,99%, para os 5,03 euros e 10,38 euros, respetivamente. Assinalam-se também as perdas na EDP, que fechou com uma quebra de 1,65%, para os 3,81 euros, e a REN e os CTT, que finalizaram o dia com uma desvalorização de 1,16% e 1,15%, para os 2,98 euros e 7,73 euros.
No vermelho estiveram ainda a Navigator, a Altri, a Sonae, o Banco Comercial Português (BCP) e a Corticeira Amorim.
No campo dos ganhos, surgiram a NOS, que valorizou 0,76% para os 3,99 euros, a Jerónimo Martins, que subiu 0,67% para os 21,04 euros, e a Semapa, que avançou 0,66% para os 18,20 euros. No verde fechou também a Ibersol, enquanto que a Galp Energia se manteve inalterada.
O índice português (PSI) fechou a sessão de segunda-feira com uma perda de 0,79%, para os 7.917,15 pontos.
As principais bolsas europeias fecharam na segunda-feira no vermelho, com exceção do índice bolsista britânico. O DAX (Alemanha) quebrou 0,50%, para os 24.249,84 pontos, o CAC 40 (França) desvalorizou 1,59%, para os 7.843,04 pontos, enquanto que o FTSE 100 (Reino Unido) concluiu o dia no verde, com uma subida de 0,13%, para os 9.321,40 pontos.
O AEX (Países Baixos) desceu 0,20%, para os 911,11 pontos, o IBEX 35 (Espanha) caiu 1,02%, para os 15.253,50 pontos, e o FTSE MIB (Itália) quebrou 0,21%, para os 43.221,00 pontos.
“As bolsas europeias encerraram em baixa, no dia em que Londres esteve encerrada devido a feriado. O índice de ações parisiense registou uma queda mais significativa, em reações às tensões políticas no país, que levaram o Primeiro-Ministro François Bayrou a referir que vai avançar com uma moção de confiança a 8 de setembro, numa tentativa de forçar os partidos políticos a tomarem uma posição sobre as propostas orçamentais do Governo no parlamento. Em Portugal, o PSI foi castigado pelas quedas mais expressivas da EDP Renováveis e da EDP, refletindo ventos adversos do setor, depois de o Governo de Trump ter interrompido as obras de um parque eólico offshore pertencente à Orsted”, revela a research do Millennium.
O petróleo, aquando do fecho dos mercados europeus, estava a negociar no verde. O brent subia 1,70%, para os 68,36 dólares, e o crude valorizava 2,01%, para os 64,94 dólares.
O euro estava a desvalorizar 0,42% face ao dólar, para os 1,16732 dólares, e caía 0,17% face à libra, para as 0,86555 libras.
Estados Unidos mobiliza foco dos mercados
Para esta terça-feira, o foco muda para a revelação dos dados do consumidor na atividade económica nos Estados Unidos, de agosto, e para as ordens, também nos Estados Unidos, de bens duráveis, em julho.
Nos Estados Unidos realiza-se também um leilão de dívida governamental a dois anos.
Em Espanha e França, são divulgados os dados da confiança do consumidor, de julho, e no Brasil é revelada a inflação do meio do mês, para agosto. O Japão revela também os dados da inflação.
Estão ainda programados para esta terça-feira discursos de membros dos Bancos Centrais do Reino Unido e do Canadá.
