[weglot_switcher]

Onde vai cair o satélite chinês? Portugal é um dos ‘candidatos’

Agência Espacial Europeia acredita que o satélite chinês cairá no planeta Terra entre 30 de março e 2 de abril. Portugal pode ser atingido.
27 Março 2018, 15h12

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) acredita que o satélite chinês Tiangong-1 deverá cair no planeta Terra entre 30 de março e 2 de abril, sendo que esta previsão ainda pode ser acautelada, realçou a ESA.

Entre as informações que a ESA pode avançar está o facto de existirem indícios de que os destroços possam cair no hemisfério norte, o que implica na possibilidade de Portugal ser atingido.

A ESA aponta que o país não tem razões para se preocupar. “Considerando o pior caso possível, a probabilidade de uma pessoa ser atingida pelos detritos do Tiangong-1 é um milhão inferior à probabilidade de ganhar o jackpot [da lotaria] Powerball.”, salienta em comunicado. Não está descartada a possibilidade dos destroços caírem no mar.

“Poderoso símbolo político” da China em queda

O satélite chinês, Tiangong-1, está em rota de colisão com o planeta Terra e há alguns meses, as autoridades avançaram que teriam perdido o controlo sobre o satélite, descrito como um “poderoso símbolo político” da China, e já alertaram a Organização das Nações Unidas (ONU) para a probabilidade de o aparelho cair no período agora estimado.

O Tiangong-1, que foi lançado em 2011, como parte de um ambicioso impulso científico para transformar a China numa superpotência espacial. No entanto, o ano passado as autoridades chinesas relataram ter perdido o controlo sobre o satélite, admitindo a possibilidade de este vir a cair. Esta teoria viria a confirmar-se poucas horas depois. O engenho de 8,5 toneladas começou a perder altitude e iniciou uma trajetória de queda em direção ao planeta Terra.

O astrofísico acredita que grande parte do aparelho venha a derreter durante a travessia da atmosfera, mas alerta que algumas peças com um peso até 100 quilos possam cair na superfície da Terra. A China garante que o risco de os destroços causarem graves danos é baixo, mas ainda assim convém monitorizar a queda dos destroços do satélite.

A situação não é única. A estação espacial Salyut 7 da antiga União Soviética (atual Rússia) caiu na Terra, em 1991, espalhando escombros na cidade de Capitán Bermúdez, na Argentina. Também o gigantesco satélite Skylab de 77 toneladas da NASA entrou na Terra em queda não controlada em 1979, com algumas grandes peças a aterrarem em Perth, na Austrália.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.