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ONGs portuguesas juntam-se a consórcio mundial para pressionar Bruxelas a criar lei que regule desflorestação

A desflorestação é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no mundo. Organizações como a ANP/WWF, Zero e Quercus juntam-se à pressão mundial para que a Comissão Europeia regule a entrada de bens e produtos no mercado europeu associados à desflorestação e conversão de terras.
  • REUTERS/Ueslei Marcelino
11 Setembro 2020, 17h31

A Comissão Europeia colocou esta semana em consulta pública a necessidade da criação de uma lei que regule a entrada na União Europeia (UE) de produtos que estejam ligados à desflorestação ou conversão de terras para outros usos.

Esta é uma lei fortemente defendida por mais de 100 organizações ambientais e  entidades da sociedade civil a nível mundial, sendo que 10 delas são portuguesas. Juntas, lançaram a campanha de sensibilização para a participação das pessoas na consulta, chamada #JuntosPelasFlorestas.

A desflorestação é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no mundo. A agricultura é responsável por 80% da desflorestação para plantação de produtos como soja, e óleo de palma, e abertura de pastagens para a produção de carne bovina, sendo a UE um dos maiores importadores agroalimentares destes produtos.

Em Portugal, esta campanha é lançada, esta sexta-feira, pela ANP|WWF, Associação 1%, a Biovilla, a Liga para a Proteção da Natureza, a Quercus, a Raízes Mag, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, a SOS ANIMAL, o The Climate Reality Project e a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.

A proposta chegam numa altura em que cada vez mais os focos de incêndio na Amazónia assumem uma nova escala para que os terrenos ardidos possam ser convertidos em terrenos agrícolas de grande dimensão, e a procura por parte do mercado europeu por produtos produzidos em antigas terras florestais apenas piora a situação.

Este problema alastra-se a mais geografias à volta do mundo, nomeadamente no Sudeste Asiático e África sub-Sahariana. Globalmente, o consumo de bens como carne, lacticínios, soja, óleo de palma, café e cacau na UE é responsável por mais de 10% da destruição de paisagens florestais

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