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Operação Marquês: Ex-secretário de Estado não viu nada estranho na governação de Sócrates

Sobre a nomeação do também arguido Armando Vara para o conselho de administração do banco público em agosto de 2005, o ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças do XVII e XVIII Governos (2005-2011) disse que esta foi da responsabilidade do ministro das Finanças Teixeira dos Santos.
  • Chief Sustainability Officer
29 Maio 2019, 19h52

O ex-secretário de Estado do Tesouro Carlos Costa Pina disse hoje não ter visto nada de estranho durante a governação de José Sócrates, no depoimento prestado na fase de instrução da Operação Marquês, segundo fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, Carlos Costa Pina, cujo depoimento foi solicitado pela defesa do ex-primeiro ministro nesta fase processual, abordou vários assuntos desde a Caixa Geral de Depósitos, o TGV, a Operação Pública de Aquisição (OPA) à PT e a venda da Vivo durante as quase quatro horas que esteve no Tribunal Central de Instrução Criminal.

Sobre a nomeação do também arguido Armando Vara para o conselho de administração do banco público em agosto de 2005, o ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças do XVII e XVIII Governos (2005-2011) disse que esta foi da responsabilidade do ministro das Finanças Teixeira dos Santos.

À saída da sessão o advogado do ex-primeiro-ministro Pedro Dellile disse apenas que “valeu a pena e que foi muito útil” o depoimento do atual administrador executivo da Galp.

Para a sessão de quinta-feira está agendado o depoimento de Teixeira dos Santos, antigo ministro das finanças de José Sócrates.

Sócrates está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

Entre outras imputações, o Ministério Público acredita que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da CGD ao empreendimento de luxo Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Entre os 28 arguidos estão ainda Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.

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