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Operação “Pactum”. Banco de Portugal confirma buscas e “total colaboração” com a PJ

O regulador liderado por Mário Centeno confirma a presença da Polícia Judiciária nas suas instalações e revela disponilidade total em colaborar com as autoridades.
administrações públicas Banco de Portugal
3 Abril 2025, 11h34

O Banco de Portugal confirmou que está a ser alvo de buscas nas suas instalações por parte da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da Operação “Pactum” que está a decorrer esta quinta-feira nas cidades de Lisboa, Porto e Braga.

“O Banco de Portugal confirma que está em curso uma operação da Polícia Judiciária nas suas instalações, que conta com a sua total colaboração”, indica o regulador liderado por Mário Centeno, no site oficial.

Por sua vez, Rita Júdice assumiu estar “surpreendida” com as notícias sobre buscas a organismos do Ministério, que estão a decorrer esta quinta-feira no âmbito da Operação “Pactum”.

Fonte oficial do Ministério da Justica diz ao JE que a Ministra da Justiça “pediu às eventuais entidades visadas um reporte factual sobre as operações inspetivas, determinando que seja prestado todo o apoio necessário aos inspetores”.

A Polícia Judiciária está a realizar esta quinta-feira uma megaoperação de buscas que têm como alvo, entre outros, o Banco de Portugal e a secretaria-geral do Ministério da Justiça, avança o “NOW”.

Em comunicado, a Procuradoria Geral da República (PGR) informa que estão em causa condutas relacionadas com aquisições de serviços na área da Tecnologia de Informação, por várias entidades públicas e por uma entidade privada, entre os anos de 2017 e 2025.

“No centro da investigação encontra-se um conjunto de indivíduos que, em conjugação de esforços e de forma premeditada, viciaram dezenas de procedimentos de contratação pública e privada, num valor total global não inferior a 17 milhões de euros”, pode ler-se no documento.

Este processo corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, mas também envolve a Procuradoria Europeia, estando no terreno dois juízes de instrução, três magistrados do Ministério Público (MP) e cerca de 250 inspetores da Polícia Judiciária e 50 especialistas da polícia cientifica.

A Procuradoria Geral da República (PGR) indica que estão a ser realizadas 75 buscas entre Lisboa, Porto e Braga, em domicílios, escritórios de contabilidade, sedes de sociedades, Institutos Públicos e outros serviços do Estado.

“Estas buscas destinam-se à recolha de informação relacionada com funcionários desses serviços e não visavam decisores políticos. A investigação prossegue sob direção do DCIAP, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, estando o inquérito sujeito a segredo de justiça”, indica o comunicado.

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