As organizações têm de investir em tecnologias de análise de informação e trabalhar dados, internos e externos, para serem mais competitivas, defendeu José Fernandes, responsável europeu pela Accenture Operations, no observatório sobre “operações inteligentes para organizações future-ready”, promovido pelo Jornal Económico e pela consultora Accenture.
“É fundamental continuar a investir nas tecnologias de análise de informação na extração do valor que os dados e informação permitem trazer” disse José Fernandes, acrescentando que as organizações devem trabalhar os dados próprios, mas também “dados externos que podem complementar e ajudar a melhorar as tomadas de decisão”.
Este é um dos passos necessários para as organizações evoluírem no seu estado de maturidade, o que, de acordo com um estudo desenvolvido pela Accenture, resulta em ganhos de eficiência e de rendibilidade.
“Se olharmos para organizações que, nos últimos três anos, evoluíram nos níveis de maturidade, [vemos que], em média, a evolução de um nível de maturidade representou 7% de maior eficiência e 2% a 3% de maior rentabilidade”, disse José Fernandes.
Além do investimento em tecnologia, o Managing Director da Accenture Operations Europa indica, ainda, outros passos para que as organizações possam evoluir “no estado de maturidade das suas operações”.
Primeiro, “é importante definir objetivos e objetivos ambiciosos e aspirações morais que não sejam só ou que não representem apenas uma evolução progressiva em pequenos espaços, mas uma evolução estrutural na organização, alavancando novas tecnologias combinando funções de negócio e tecnologia”, disse.
Depois, “é importante definir os passos a seguir olhando para a organização de uma forma integral, integrando processos levando a cabo automação em larga escala” e definindo uma nova “lógica de trabalho”.
“O trabalho já não é desenvolvido apenas por pessoas e por recursos humanos. O trabalho é desenvolvido por uma combinação de recursos humanos e robôs, portanto, este elemento homem-máquina e o impacto que ele tem sobre as pessoas, o talento, e a sua evolução nas organizações é fundamental”, afirmou.
“As pessoas passaram muito menos [tempos] a realizar tarefas de natureza repetitiva, sem grande valor, para se centrarem ou passarem a realizarem funções de maior valor de análise de informação e de tomadas de decisão”, explicou, aludindo ao estudo feito sobre a evolução da maturidade das operações das empresas.
“Por último, é importante pensar que este caminho pode ser dado alavancando parceiros que estão no ecossistema, seja de natureza tecnológica seja de natureza operativa”, defendeu.
A conferência sobre “operações inteligentes para organizações future-ready” contou com a participação de Hugo Gouveia, administrador da EDP Comercial; José Nogueira da Silva, chief operating officer da Generali Seguros; Miguel Correia, subdiretor-geral da área de Gestão Tributária do IVA, da Autoridade Tributária e Aduaneira; João Gaspar da Silva, chief operating officer dos CTT; e Carla Baltazar, managing director responsável pela Accenture Operations. A moderação esteve a cargo de Filipe Alves, diretor do Jornal Económico.
Foi transmitida a 13 de julho, terça-feira, através da plataforma multimédia JE TV e das contas do Jornal Económico nas principais redes sociais e continua disponível em www.jornaleconomico.pt.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com