Em nenhum setor como o dos serviços o cidadão contemporâneo sente tantos focos de modernidade, com as tecnologias digitais revolucionando modelos de negócio que passam a proporcionar aos consumidores um valor de nível igual ou superior a custos bem mais reduzidos.

Tem sido assim nos mais variados domínios, como podemos testemunhar todos os dias. Refiro-me, por exemplo, às plataformas multilaterais que revolucionaram os transportes urbanos (veja-se o caso da Uber), as viagens e alojamentos (Airbnb, entre outras) ou a indústria do entretenimento aplicada à escala doméstica (daí o sucesso manifesto da Netflix).

É uma revolução que está em curso. Não no sentido político, como tantas que marcaram o século passado, muitas vezes com resultados desastrosos por terem traído o capital de esperança que transportavam, mas na dimensão tecnológica que alarga a uma escala ainda há pouco inimaginável a capacidade de oferta dos serviços em diversas frentes, todas benéficas na perspectiva dos consumidores, que somos afinal todos nós.

A liberdade de escolha está em expansão contínua na era digital que vem marcando estas duas décadas iniciais do século XXI. Escolha muito mais ampla igualmente ao nível dos modelos de negócio potenciados pelos novos rumos da economia. A digitalização também tem capacitado estratégias de comercialização omnichannel no retalho em geral, combinando as vendas online com as lojas físicas nos mais variados formatos – sempre em benefício dos consumidores, que não beneficiam apenas de maior liberdade de escolha ao verem ampliado o leque de opções; também ganham em comodidade, nível de serviço e preço que só a concorrência realmente proporciona.

Vivemos numa época de oportunidades sem precedentes com este salto qualitativo que tem como vetores essenciais a rapidez e escala das operações e, quem não souber corresponder aos desafios da economia digital, perderá irremediavelmente o comboio do futuro.

Estão profundamente equivocados uns quantos Velhos do Restelo agarrados a modelos do passado, que encaram esta mudança em curso como uma ameaça. Como os tempos mais próximos demonstrarão, confirmando os sinais já bem nítidos no presente, para quem souber interpretá-los de espírito aberto e sem obsoletos dogmas ideológicos.