O World Economic Forum, no seu Global Risks Report 2017, alerta para o envelhecimento das populações como um dos principais motores da mudança global.

E não é exagero afirmar que os custos de tratamento de doenças associadas ao envelhecimento ameaçam a sustentabilidade dos sistemas de saúde assim como a estratégia seguida por muitas empresas. Paul Irving, Chairman do Milken Institute Center for the Future of Aging afirmou numa recente entrevista à EY, que cada empresa precisa focar-se no envelhecimento da população e aquelas que não tiverem uma estratégia de longo-prazo estão a perder uma oportunidade única para servirem novos clientes, melhorarem a eficácia dos seus colaboradores e melhorarem a sua performance.

Prevê-se que, em 2050, a população mundial com mais de 65 anos seja o triplo da atual resultando num aumento de doenças crónicas que tornam insustentável a abordagem tradicional de tratamento das doenças à medida que surgem. Atualmente, os sistemas de saúde nos EUA e Reino Unido despendem cinco vezes mais nos cuidados de saúde aos cidadãos com mais de 65 anos do que com a geração abaixo dos 25 anos.

É assim necessário promover a resiliência, quer dos indivíduos quer das empresas, face a esta disrupção, e os governos têm um papel fundamental na promoção de uma maior participação, em particular das novas gerações, em soluções de longo prazo.
A saúde tem de ser reenquadrada como um ativo de longo prazo em que vale a pena investir e a cada pessoa tem de ser dada a capacidade, através de novas ferramentas e informação, para priorizar a sua própria saúde num empenhamento proactivo em vez de ficar numa atitude passiva, à espera que uma doença surja.

Um dos pilares importantes para a mudança é começar por reconhecer que o envelhecimento saudável é um direito básico de todo o cidadão, em oposição a ser encarado como um bem de luxo de alguns poucos.