Viajei pela primeira vez sem o meu filho e custa bem mais do que pensava. Por várias razões que todos os pais conhecem, mas por uma em particular: o medo de que me aconteça alguma coisa. O medo gerado por todos os atentados desde o 11 de setembro, e que, tanto quanto me vou apercebendo, perseguem muitos dos que viajam, em lazer ou trabalho, para o país vizinho ou para o outro lado do mundo.

Vivemos numa nova era, onde este medo facilmente impera, sobretudo quando somos pais. É exatamente isto que o terrorismo deseja e isso ainda me revolta mais. Porque é mau e errado, porque devemos combater este sentimento, este medo do desconhecido, por mais difícil que seja. Porque, na verdade, pouco ou nada podemos fazer, a não ser seguir com a nossa vida da forma mais normal possível.

E o que podem fazer as marcas à nossa volta? Tudo. Como? Com mensagens positivas que tragam aos consumidores aquilo que não se vê nem lê nas notícias, nem se vende nas lojas – o positivismo de viver que todos desejamos e precisamos cada vez mais. Podem e devem ter uma presença na vida dos seus consumidores de uma forma ativa e socialmente responsável.

É por isso que já elegi o meu spot publicitário deste Natal. Podem dizer que ainda agora estamos a começar, é verdade, mas achei-o tão bom que para mim já ganhou! A NOS conseguiu colocar num spot tudo aquilo que o Natal deve representar, em dezembro e no resto do ano, para crianças e adultos – em Portugal e no mundo inteiro: a capacidade de acreditar.

Se o Natal é das crianças devemos aprender com elas, acreditar, aceitar, viver. Parece fácil, mas é muito mais difícil do que parece. Ainda assim, deve ser esse o nosso esforço diário, por nós, por eles e por um mundo melhor. As marcas podem e devem aproveitar o espírito desta época do ano e fazer a ponte emocional que todas desejam. Espalhar o amor, nem que seja por um minuto apenas.

E as marcas de telecomunicações são as que melhor o fazem, todos os anos. Porque sabem que quando se vende um serviço, além de qualidade e preço, é preciso ter uma ligação emocional para escolher uma em detrimento de outra. A verdade é que nesta altura do ano estamos todos mais disponíveis para coisas lamechas, para fazer balanços e tomar novas decisões, para pensar no importante, nem que seja apenas por uns segundos. E quem souber aproveitar isso sem ser intrusivo é rei. Este ano, a NOS inaugurou o Natal e foi rainha!