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Ouro deve continuar a valorizar impulsionado pela decisão da Fed

Esta é uma das conclusões do analista sénior de mercados da XS.com, Samer Hasn. “O discurso favorável do governador da Fed, Jerome Powell, foi o último link numa cadeia de fatores que estão a alimentar os ganhos contínuos do ouro”, sublinha.
20 Março 2025, 10h12

O ouro continua na toada dos máximos e a decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed), na quarta-feira, de manter as taxas de juro deve fazer com que este metal continue a valorizar, de acordo com o analista de mercados sénior da XS.com, Samer Hasn.

“O discurso favorável do governador da Fed, Jerome Powell, foi o último link numa cadeia de fatores que estão a alimentar os ganhos contínuos do ouro”, sublinha Samer Hasn.

“Enquanto existem preocupações crescentes com as potenciais ramificações da política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a tempestade económica que tem resultado da contínua relutância em impor tarifas, estes são os fatores mais proeminentes a suportar os ganhos do ouro”, reforça o analista da XS.com.

Samer Hasn sublinha ainda que o discurso de quarta-feira de Jerome Powell, não teve um tom ‘hawkish’ (termo que descreve uma postura mais agressiva ao nível da política monetária) o que no entender do analista da XS.com poderá “aumentar os receios de um aperto mais prolongado” do que o esperado.

“Ultimamente o discurso de Powell e as projeções económicas da Fed não mudaram as expetativas do mercado sobre o caminho relativo à política monetária, e mantém-se a perspetiva de que veremos pelo menos dois a três cortes nas taxas de juro, este ano, permitindo ao ouro continuar na senda dos ganhos”, defende o analista da XS.com

“Existe uma probabilidade que fica acima dos 50% de que as reuniões deste ano da Fed vão concluir com um corte de 75 pontos base nas taxas de juro, face ao nível em que as taxas de juro se encontram atualmente”, reforça Samer Hasn.

Em termos da política monetária o analista da XS.com refere que a Fed decidiu também abrandar o ritmo de redução da sua folha de balanço, a começar em abril, dos 25 para os 5 mil milhões de dólares.

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