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Outsystems expande cursos ‘low-code’ nascidos em Portugal para mais três países

A “Escola de Low-Code” vai expandir os seus cursos para os Estados Unidos, Holanda e Alemanha. Só este ano o unicórnio vai investir mais de um milhão de euros em iniciativas deste género, disse Gonçalo Gaiolas ao Jornal Económico. Empresa estima que se criem cinco mil postos de trabalho para profissionais com competências OutSystems até ao final do ano.
  • OutSystems
22 Janeiro 2020, 10h30

A Outsystems vai extender o seu plano de formações em low-code (tipo de desenvolvimento de software) para três novos países este ano: Estados Unidos da América, Holanda e Alemanha. Os cursos da “Low-Code School” nasceram em Portugal e servem para formar profissionais (gratuitamente) na tecnologia desenvolvida pelo unicórnio de Linda-a-Velha. Agora, os “professores” portugueses irão ensinar para outras geografias, que não foram escolhidas ao acaso, porque é um trio de mercados que mais tem crescido na Outsystems.

Ao Jornal Económico (JE), Gonçalo Gaiolas, vice-presidente de Community da Outsystems, recorda as previsões da Gartner de que até 2023 a maioria (65%) do desenvolvimento de aplicações irá incluir, pelo menos, uma plataforma low-code/no-code. “Esta aceleração irá resultar num mercado global de cerca de 50 mil milhões de dólares. Ou seja, vai passar a ser o ‘novo normal’. Sabemos que programadores com experiência profissional têm uma facilidade acrescida em aprender OutSystems e estamos a dar-lhes a possibilidade de se posicionarem como especialistas séniores antes da onda de profissionais que vai invadir o mercado dentro de curtos anos”, afirma.

Só nas cidades de Lisboa, Braga e Castelo Branco, onde começou a “Escola Low-Code”, participaram mais de 100 pessoas, tendo acesso ao exame de certificação nesta matéria (teste esse que, geralmente, custa perto de 180 euros).

A empresa liderada por Paulo Rosado tem uma comunidade (quem, de facto, utiliza a sua tecnologia) de cerca de 250 mil pessoas em todo o mundo, mas quer continuar a expandir-la. Aliás, estima que se criem 5 mil postos de trabalho para profissionais com competências OutSystems até ao final do ano.

Em 2020 a OutSystems vai investir mais de 1 milhão de euros em iniciativas semelhantes à Low-Code School. “Alocamos bastantes recursos a várias iniciativas similares, de entre os quais se destacam colaboradores dedicados, docentes remunerados, múltiplos eventos, desenvolvimento de tecnologia proprietária…”, exemplifica Gonçalo Gaiolas.

O “trabalho” da tecnológica neste âmbito é sobretudo formar e facilitar contactos entre os alunos e as suas empresas clientes e parceiras. Porém, os mais motivados poderão também fazer parte do leque de colaboradores da Outsystems ou dessas organizações. “Como resultado desta primeira fase, que começou há três meses, temos conhecimento de cinco pessoas já integradas e várias em processo final de admissão”, conta o mesmo responsável ao JE. “Paralelamente à motivação, temos também tentado dar prioridade a candidatos com experiência profissional a desenvolver aplicações tecnológicas noutras linguagens conhecidas (Java, .NET, C#, PHP, Python, etc., sem ordem de preferência)”, sublinha.

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