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Oxy Capital lidera operações de private equity até outubro

Saiu o relatório da TTR Data de outubro com dados sobre as operações de Fusões e Aquisições, Private Equity, Venture Capital, Mercado de Capitais em Portugal. O valor total das transações até ao fim de outubro era de 9.302 milhões de euros, o que traduz uma queda de 23,69% face ao ano anterior.
29 Novembro 2024, 13h59

Saiu o relatório da TTR Data de outubro com dados sobre as operações de Fusões e Aquisições, Private Equity, Venture Capital, Mercado de Capitais em Portugal. O valor total das transações até ao fim de outubro era de 9.302 milhões de euros, o que traduz uma queda de 23,69% face ao ano anterior.

O número de transações também baixou para 459 (-20,45%). Destas foram concluídas 392, ou seja 85% das operações iniciadas. Só em 181 operações é que o valor do negócio foi revelado (39% do total).

As operações de M&A foram 201 com um valor total de 2.975 milhões, sendo que estão em curso 39 operações no valor de 1.340 milhões e foram concluídas 162 no montante de 1.635 milhões de euros.

Já as operações de Private Equity são 51, com valor de 2.688 milhões, dos quais 14 transações no valor de 503 milhões estão em curso. As operações concluídas são 37 e ascendem a 2.185 milhões de euros.

Por sua vez as operações de Venture Capital são 100, no montante de 668 milhões e todas foram já concluídas.

Por fim as operações através de Asset Acquisition (aquisições de ativos), ascendem a 108 em número e em 2.988 milhões de euros em valor. Destas, 14 no valor de 1.106 milhões, estão em curso. Concluídas são 94 no valor de 1.882 milhões.

Por setores os mais ativos por número de transações (M&A) este ano foram o Real Estate (78 operações); a Internet, Software & IT Services (53); energias renováveis (31); e Business & Professional Support (29). Todas em queda em relação ao mesmo período de 2023.

Só no mês de outubro, o Real Estate dominou com 12 transações.

As transações cross-border outbound, ou seja de cá para lá, somam 1.552,20 milhões de euros até outubro em 86 operações, das quais 9 ainda estão em curso com o valor de 646,80 milhões.

Esta análise inclui aquisições realizadas por subsidiárias estrangeiras de empresas Portuguesas

O país destino que lidera o destino dos investimentos é Espanha, com 34 operações no valor de 439,61 milhões de euros.

Pelo contrário, as aquisições inbound, ou seja investimento estrangeiro em Portugal, ascendem a 190 com o valor de 5.253,83 milhões, sendo que ainda estão em curso 32 com um montante total de 1.241,60 milhões.

Esta análise inclui aquisições realizadas por subsidiárias locais de empresas estrangeiras.

Espanha é também o país que lidera a origem dos investimentos, com 59 operações no valor de 982,8 milhões.

Nas transações cross-border, ou seja, que envolva um comprador, um vendedor ou um target estabelecido fora do Portugal, as empresas norte-americanas a adquirir portuguesas lideram no acumulado do ano até à data (fim de outubro) com 17 transações (-32% que um ano antes).

As aquisições estrangeiras no subsetor de tecnologia e internet ascendem a 52, registando uma subida de 26,83%.

Fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros a investirem em empresas portuguesas são 23, caindo 17,86%.

Ranking do Private Equity

A TTR Data elabora o ranking das transações feitas por fundos de private equity nos primeiros 10 meses do ano. O valor é de 2.688 milhões em 51 transações das quais 37 estão concluídas e em 15 o valor foi revelado.

A Oxy Capital, liderada por Miguel Lucas, lidera com cinco transações no valor de 8,8 milhões de euros. Em segundo lugar surge a Crest Capital Partners Portugal com três operações no valor de 2,5 milhões. Em terceiro lugar aparecem várias, a Activecap Portugal com duas transações mas sem valor revelado;  a Draycott, também com duas operações e sem o valor do negócio revelado;  e a Explorer Investments com duas transações sem valor revelado. Também em terceiro com duas operações no portfólio temos a Henko Partners Espanha (o valor não foi divulgado) e a Sonae Capital Investments Portugal que não revelou também o valor dos seus dois negócios.

Em quarto lugar surge a suíça Partners Group com uma operação no valor de 900 milhões.

Em quinto lugar aparece a GVK Omega, veículo da empresa de private equity norte-americana KKR (obviamente que esta é a operação de compra da Greenvolt). O valor do negócio é de 452,6 milhões.

Em sexto no ranking temos a francesa Antin Infrastructure Partners com uma operação em Portugal no valor de 100 milhões.

Também em sexto, surge a Apax Partners (Global) do Reino Unido com uma operação também no valor de 100 milhões.

No mesmo lugar na tabela aparece a britânica Fremman Capital com uma operação também no montante de 100 milhões.

A portuguesa SIC Ventures é a sétima com uma operação no valor de 2,5 milhões e a Touro Capital Partners, via Touro Next, está no fim da tabela com uma operação no valor de dois milhões de euros.

Ranking de desinvestimento do Private Equity

O ranking do desinvestimento também é analisado pela TTR. Assim, a liderar as saídas está a Explorer com duas operações, cujo valor não foi revelado.

Segue-se a Oxy Capital Portugal  com duas operações de desinvestimento, do Fundo Aquarius, também sem valor.

Em terceiro surge o “Cross Ocean USD ESS II, Field Point Acquisitions, Kings Forest, Rathgar, Ringsend, Strategic Value Partners (SVP Global), Yellow Sapphire” dos Estados Unidos e com o veículo sedeado no Luxemburgo, com uma operação no valor de 400 milhões. Este era um dos fundos que tinha a Autoestradas do Douro Litoral que foi vendida à IIP Platinum Fibre (da Finerge).

Em terceiro lugar aparece o  francês Keensight Capital com uma operação no valor de 320 milhões.

Em quarto no ranking temos a Njord Partners, a partir do Reino Unido, com uma operação de saída no valor de 192 milhões de euros.

Em quinto lugar na tabela dos desinvestimentos, surge o LCN Capital Partners dos Estados Unidos com uma venda de 150 milhões.

No ranking segue-se em sexto o português Crest Capital Partners com uma transação de 42,5 milhões.

O AlpInvest Partners, das Ilhas Heard e McDonald, é o sétimo com uma operação de venda sem valor divulgado.

Também em sétimo, temos o fundo Apax Partners (Global) do Reino Unido com uma venda em Portugal; o Carlyle (Global) dos Estados Unidos com uma operação de saída de investimento; a portuguesa ECS Capital também com uma operação; o fundo sueco EQT (Global) com uma transação; o fundo português HCapital Portugal também com um negócio; o norte-americano KPS Capital Partners também com uma operação de venda; o Oakley Capital  do Reino Unido com uma venda e o português Vallis Capital Partners, através do Vallis Sustainable Investments I que tem sede no Luxemburgo, com uma operação de venda. Em todos estes negócios não foi divulgado o valor.

Ranking do Venture Capital

Até ao fim de outubro o valor transacionado pelos fundos de Venture Capital era de 668  milhões em 100 operações.

No topo da tabela surgem os fundos da Portugal Ventures: Fundo de Capital de Risco Atlântico, Fundo de Capital de Risco Portugal Ventures Grow And Expand, Portugal Ventures, Turismo Crescimento Portugal, com 19  transações de 30,4 milhões de euros.

Em segundo lugar aparece a Indico Capital Partners, com o fundo Indico R&D VC II Fund Portugal que registou 11 transações no valor de 123,9 milhões.

Em terceiro no ranking surge a Lince Capital, através do Lince Innovation Fund Portugal com 11 operações de 77,8 milhões.

Em quarto temos a portuguesa Iberis Capital com sete operações de 81,9 milhões.

Depois surge a Buenavista Equity Partners, via Buenavista Tech Growth FCR, Buenavista Ventures Portugal, e Ged Tech Seed Fund Espanha, com sete operações de 59,8 milhões.

Em sexto lugar está a portuguesa Bluecrow, através dos Bluecrow Innovation Fund IV, Bluecrow
Innovation Fund V, Next Tech Fund I com sete transações de 51,7 milhões.

Em sétimo surge a EDP Ventures com seis transações de 66,1 milhões de euros.

Na oitava posição aparece o português FCR Shilling Founders Fund, Shilling Capital Partners, Shilling Opportunity Fund – Fundo de Capital de Risco Fechado com seis operações de 16,4 milhões.

Já no ranking dos desinvestimentos a TTR regista apenas uma operação, da Bright Pixel Capital – Sonae Portugal, sem valor divulgado.

Destaque ainda para a maior transação do mês que foi do Fundo de Investimento Imobiliário  LCN – Portuguese Fund, que consistiu numa venda à Slate Asset Management do Real Estate Investment Trusts (REITs), no valor de 150 milhões. O vendedor foi a socidade de private equity LCN Capital Partners.

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