O PAN decidiu abster-se na votação do Orçamento Suplementar, que foi aprovado esta sexta-feira, por considerá-lo insuficiente na resposta ao atual contexto de crise que o país atravessa, devido à pandemia da Covid-19, Por isso, o partido anunciou hoje que vai começar a trabalhar no Orçamento do Estado para 2021, pedindo mais audácia e coragem “para as respostas que se impõem”.
“Vamos já começar a trabalhar para aquilo que vai ser o OE 2021 porque vamos ter de ser mais audazes e ter mais coragem para as respostas que se impõem, seja na valorização dos vários profissionais, seja, por exemplo, no apoio aos artistas que estão a passar por dificuldades”, afirmou a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, à comunicação social, numa primeira reação do partido à aprovação do orçamento suplementar de 2020, no Parlamento.
Para Inês Sousa Real “este não é um orçamento que o PAN apresentaria”, embora venha dar “algumas respostas a preocupações” sociais e económicas. Por isso, o PAN procurou melhorar o documento, “através de um conjunto de propostas”, que respondem à “gestão dos dinheiros públicos mais eficaz” e que também implementaria um controlo sobre a distribuição de dividendos entre os gestores”. Mas – lamentou a líder parlamentar do PAN – as propostas que o partido entendeu como “fundamentais para passar o orçamento suplementar” não foram aprovadas.
“Há aqui, obviamente, um longo caminho ainda a percorrer e por essa razão é que não pudemos acompanhar este orçamento suplementar do governo socialista”, acrescentou Inês Sousa Real, considerando que é preciso criar mecanismos, pois o país não pode contar apenas com “os fundos da Europa” e “não podem ser os mesmos, nomeadamente os contribuintes”, a pagar a crise.
Contudo, a responsável política destacou que houve matérias que o PAN conseguiu fazer aprovar, “desde logo no âmbito do Ensino Superior, com o reforço das bolsas de estudo, para que os estudantes não tenham que deixar para trás a educação”.
“Conseguimos também um reforço ao nível da vigilância epidemiológica. Tendo em conta a crise sanitária que estamos a viver é fundamental haver, não só o reforço dos profissionais especializados nesta matérias, como também uma maior articulação das redes de cuidados de saúde existentes”, referiu a líder do grupo parlamentar do PAN.
“Na área animal conseguimos que as autarquias possam candidatar-se aos fundos , neste caso incluir as verbas associadas à alimentação e aos cuidados de saúde para as famílias que tenham os seus rendimentos ameaçados ou reduzidos e que tenham animais de companhia”, concluiu.
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