O porta-voz do PAN quer garantir que o Governo não vai avançar com impostos sobre a “burguesia do teletrabalho”, defendendo em alternativa impostos sobre o carbono, com o ministro das Finanças a afirmar mais uma vez que não vê “necessidade” de aumentar impostos às famílias.
O tema foi discutido na primeira ronda do debate sobre o “Programa de Estabilidade 2021-2025”, esta quinta-feira, no Parlamento, com João Leão a afirmar que “não vemos nesta fase” a “necessidade de aumentar” impostos. Em respostas às questões do parlamentar André Silva, o responsável pela pasta das Finanças admitiu que existem taxas que podem ajudar no combate às alterações climáticas.
André Silva questionou ainda as garantias contingentes associadas às parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias. “Sabemos que o país em 20 anos vai pagar pelas PPP rodoviárias três vezes mais do que valem as estruturas que lhes estão associadas, ou seja, quase nove mil milhões de euros a mais, o equivalente a mais de metade da bazuca. Sobre isto o Programa de Estabilidade nada aborda, nem sequer menciona as responsabilidades contingentes que poderão advir destas parcerias, por exemplo, devido aos litígios entre as partes e aos pedidos de reequilibro financeiro das concessões”, disse.
O deputado afirmou que “apesar do enorme peso orçamental destes riscos”, o Governo “continua a ignorá-los e o desequilíbrio da balança para o sector público da balança mantém-se”. O parlamentar questionou ainda o Governo sobre o impacto das moratórias para o sistema financeiro e sobre as políticas adoptadas contra a corrupção.
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