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Pandemia paralisa decisão do Banco de Portugal sobre terreno para concentrar serviços

Em 2018, o Banco de Portugal comprou um terreno no Alto dos Moinhos para a construção de um novo edifício, que custou 37 milhões de euros. Porém, o regulador ainda não tomou uma decisão definitiva quanto à localização definitiva que irá albergar a maior concentração dos serviços e ainda está a analisar o mercado.
13 Maio 2020, 17h23

O Banco de Portugal (BdP) estava a analisar se iria construir o novo edifício para a concentração dos serviços no terreno no Alto dos Moinhos ou se iria avançar para a aquisição de um novo terreno, mas a pandemia provocou uma paralisação no processo, sabe o Jornal Económico.

Em 2018, o BdP comprou um terreno no Alto dos Moinhos para a construção de um novo edifício, que custou 37 milhões de euros, ainda que este valor ascenda a 42.018 milhares de euros com os custos de infra-estruturas do projeto. No entanto, o concurso para o projeto ainda não avançou porque o regulador ainda estava a analisar o mercado.

No relatório de atividades e contas do BdP de 2019, publicado esta quarta-feira, a entidade liderada por Carlos Costa refere que “na qualidade de proprietário desse lote, o Banco participou, em 2019, nas atividades da Comissão de Acompanhamento da Operação de Loteamento da Quinta do Bensaúde/Alto dos Moinhos, sobretudo relacionadas com os trabalhos tendentes ao lançamento das obras de urbanização”.

No entanto, tal como o Jornal Económico noticiou em julho, entre as possibilidades do mercado, o BdP estaria a analisar o terreno que o Estado, através da Estamo – participações imobiliárias, detém na Avenida de Berna, para albergar os serviços actualmente concentrados nos edifícios da Almirante Reis e da Rua Castilho, mantendo-se a sede na Baixa lisboeta.

O imóvel está registado no balanço da Estamo, na rúbrica mercadorias, ao valor de 6.690.600 euros (6,7 milhões de euros), segundo o relatório e contas de 2018.

No relatório de contas de 2018, o BdP já sinalizava que a “decisão relativamente à localização e futura construção do novo edifício de escritórios ainda não está fechada, estando a ser equacionadas todas as alternativas possíveis para uma solução que seja a melhor para o Banco de Portugal e para a cidade”.

O BdP destaca ainda, no relatório hoje publicado, que “em outubro de 2019, o Banco concluiu a transferência do seu data center alternativo, anteriormente localizado no disaster recovery center dos Olivais, para o Complexo do Carregado”.

“Este processo foi precedido de um conjunto de intervenções nos espaços daquele complexo, para acomodar esta infraestrutura informática”, diz ainda.

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