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“Papel da mediação pode estar em risco com a Inteligência Artificial”, afirma presidente da FIF Portugal

Miriam Nicolau da Costa avisa que atualmente o cliente responde a perguntas geradas pela IA cujas respostas permitem às seguradoras criar o seguro mais adequado. “Vai permitir uma personalização da standardização do seguro”, refere.
16 Julho 2025, 11h10

A evolução da Inteligência Artificial (IA) pode colocar em perigo o papel dos mediadores e a sua atividade. O aviso foi deixado por Miriam Nicolau da Costa, presidente da Associação FIF Portugal – Fórum Insurtech Fintech, esta quarta-feira, 16 de julho, no Special Report ‘Os Seguros e a Incerteza Extrema”, promovido pelo Jornal Económico (JE), no Hotel Intercontinental, em Lisboa para discutir a perspetiva de evolução no setor dos seguros.

“À medida que o cliente responde a perguntas geradas pela Inteligência Artificial vai havendo respostas das seguradoras sobre o seguro de risco para aquele cliente. Vai permitir uma personalização da standardização do seguro”, salientou, realçando que Portugal é um mercado muito pequeno, o que levanta muitos problemas na questão da adoção de inovação e isso para quem quer investir muitas vezes fica para lugares distantes na sua estratégia de investimento.

Miriam Nicolau da Costa destacou que o nosso país tem uma “fortíssima” presença da mediação, mas que existem muitas “forças antagónicas que se movimentam contra a evolução da inovação”.

Para a responsável, a dimensão dos mercados e a sua riqueza faz diferença na capacidade de investir. “A China, EUA e Alemanha são os lugares mais vibrantes em termos de inovações. Portugal é muito pequeno, não quer dizer que as nossas startups não sejam ágeis, mas o nosso ecossistema é muito pequeno”, sublinhou.

No caso das startups portuguesas, Miriam Nicolau da Costa salientou que há muitos jovens que perdem anos e dinheiros com projetos que depois não chegam a ver a luz do dia, tendo as seguradoras um papel fundamental neste aspeto.

“Algumas seguradoras já começaram a criar plataformas para criarem testes de conceitos para junto destas entidades apoiarem as suas ideias e perceberem se estas têm pernas para a andar”, afirmou.

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