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Para a reforma ou para emergências. Porquê ou para quê poupar dinheiro?

Desengane-se quem acha que para atingir os seus objetivos pode apenas contar com as aplicações financeiras tradicionais e sem riscos. Se queremos multiplicar o nosso dinheiro temos de investir e de tomar riscos, na expetativa de obter retornos superiores. O risco não tem nada de errado, quando conhecido e bem gerido. Siga estas e outras dicas de João Raposo, fundador e administrador do Grupo Reorganiza, na semana em que se celebra o Dia Mundial da Poupança.
31 Outubro 2019, 09h30

Cada pessoa tem os seus objetivos de vida, objetivos esses que são muitas vezes condicionados pela disponibilidade financeira. Independentemente dos motivos torna-se cada vez mais evidente que é preciso poupar dinheiro e mudar de hábitos. Isto se queremos melhorar a qualidade de vida. Antes de mais, porque é preciso poupar dinheiro?

Poupar para emergências

A primeira grande prioridade para conseguir garantir a sua segurança financeira passa por poupar para emergências. Temos de poupar para aquelas situações imprevistas, mas que têm consequências financeiras. Podemos falar de uma baixa que implica numa redução do rendimento ou no aumento das despesas (que pode ser balanceada por um bom seguro). Podemos falar de algum acidente ou mesmo de situações de desemprego. Se não poupamos para emergências estaremos a deixar a porta aberta para o aumento do endividamento.

Poupar para a reforma

É cada vez mais evidente que não teremos as reformas que sempre idealizámos muito fruto das alterações demográficas e das mudanças das regras de cálculo das pensões (aplicação de fator de sustentabilidade e consideração de toda a carreira contributiva). Assim, um dos grandes motivos para poupar passa por acautelar a sua qualidade de vida na reforma. A boa notícia é que quanto mais cedo começar mais fácil será atingir os seus objetivos.

Poupar para concretizar os seus sonhos

A poupança não tem de ser sinónimo de sacrifício. Podemos poupar para concretizar os nossos sonhos, quaisquer que estes sejam. Por exemplo, podemos querer fazer a viagem dos nossos sonhos. Podemos querer comprar um carro desportivo. Podemos querer fazer uma pausa no trabalho e ir estudar. Cada pessoa tem os seus sonhos e prioridades. Se tiver dinheiro para os concretizar, não se tornará tudo mais fácil?

Poupar para ter liberdade

Pode parecer uma utopia mas quem nunca imaginou poder ter a liberdade financeira para poder tomar as decisões mais acertadas na sua vida? Infelizmente, os constrangimentos financeiros obrigam-nos a tomar opções que talvez não sejam as ideias. Logo, se tivermos liberdade financeira seremos bastante mais criteriosos em algumas decisões que tomamos.

Como concretizar tudo?

Desengane-se quem acha que para atingir os seus objetivos pode apenas contar com as aplicações financeiras tradicionais e sem riscos. Se queremos multiplicar o nosso dinheiro temos de investir e de tomar riscos, na expetativa de obter retornos superiores. O risco não tem nada de errado, quando conhecido e bem gerido. O problema surge quando “inventamos” e investimos em aplicações que não conhecemos.

A poupança não é um fim em si mesmo mas antes uma forma de atingirmos os nossos objetivos e garantirmos a segurança financeira e a qualidade de vida que todos merecemos. Para se motivar é fundamental que defina os motivos da poupança. Conhecedor destes motivos tudo se torna mais fácil, porque os seus sacrifícios ganham uma nova perspetiva.

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