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Parlamento deu ‘luz verde’: Educação Física integra média de acesso ao Superior

O Parlamento recomenda que Educação Física passe a contar para média do Secundário. Projeto de resolução do BE teve ‘luz verde’ para nota da disciplina de Educação Física voltar a contar para a média de acesso ao ensino superior, tal como acontecia até 2012.
26 Março 2018, 07h20

O Projeto de resolução bloquista que propõe que a disciplina de Educação Física volte a contar para a média de conclusão do Ensino Secundário e para o acesso ao Ensino Superior foi aprovado, no final da semana passada, com os votos do Bloco, PS, PCP, PEV e PAN. CDS e PSD abstiveram-se. A intenção dos bloquistas é que as novas regras se apliquem aos alunos que entrem no secundário já em setembro.

A proposta contou ainda com alguns votos contra de deputados do PS e do CDS, que não votaram de acordo com as suas bancadas.

Segundo o deputado Luís Monteiro, “a aprovação deste projeto de resolução do Bloco de Esquerda reverte mais uma decisão errada levada a cabo pelo anterior Ministro da Educação Nuno Crato, do Governo PSD-CDS”.

A disciplina de Educação Física deixou de ter impacto na média final dos alunos há cinco anos, por decisão do então ministro da Educação, Nuno Crato. O actual Governo já prometeu reverter a medida e essa é mesmo uma das alterações previstas na alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, que a tutela tem estado a discutir com os parceiros.

“Uma Escola com pedagogias do Século XXI deve incluir, como um dos parâmetros essenciais, a coordenação motora e o desenvolvimento cognitivo ao nível físico. A Educação Física é uma das disciplinas e áreas do saber mais transversais da Escola”, defende o dirigente bloquista.

Bloco quer Educação Física a contar para a média do Ensino Secundário

Segundo Luís Monteiro, “no momento em que se acabou de vez com a ideia das disciplinas estruturantes e as disciplinas de segunda, podemos afirmar que hoje se deu um passo importante na defesa da Escola Pública como garante de uma visão sobre o Conhecimento que é plural, integral e inclusiva”.

Para o BE, abre-se, assim, um “importante” debate que, defende,” se torna cada vez mais urgente”. Em causa está, segundo o deputado bloquista, “uma verdadeira revisão curricular e uma ampla discussão sobre o Modelo de Acesso ao Ensino Superior, pois o atual está caduco e não corresponde às expectativas nem às competências que a Escola deve garantir”.

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