De acordo com o balanço provisório da 2.ª sessão legislativa da XIV legislatura, hoje divulgado pela Assembleia da República, se o número de iniciativas legislativas baixou em relação à primeira sessão – então com 530 projetos ou propostas de Lei -, o número de novas leis é um recorde dos últimos anos.
Da primeira sessão da XIV legislatura resultaram 33 novas leis saídas do parlamento e, mesmo na XIII legislatura (em que vigorou a chamada ‘geringonça’), em 2015/2016 tinham saído de São Bento 29 leis, 72 em 2016/2017, 44 em 2017/2018 e 61 em 2018/2019.
Nas 82 leis que saíram da Assembleia da República na atual sessão legislativa estão contabilizadas quatro leis orgânicas e cinco leis com origem em Apreciações Parlamentares aprovadas – que resultam, habitualmente, de votos conjugados da oposição contra a vontade do partido que apoia o Governo, o PS.
Das 462 iniciativas legislativas que deram entrada no parlamento, 412 foram projetos-lei (com origem nos partidos) e 50 propostas de lei (com origem no Governo).
No entanto, do conjunto de projetos-lei apreciados na segunda sessão legislativa (em que se incluem alguns que transitaram de sessões anteriores), apenas 16% foram aprovados, contra 64% das propostas de lei, refere o relatório estatístico.
Em 2016, os partidos representados no parlamento apresentaram 317 iniciativas, 361 em 2017, 417 em 2018, 317 em 2019 e 478 em 2020.
No capítulo das resoluções (diplomas sem força de lei) apresentadas pelos partidos, o seu número voltou a disparar, passando de 587 na primeira sessão para 802 na segunda.
A estas somaram-se 15 propostas de resolução do Governo e, no total, saíram da Assembleia da República 248 resoluções na segunda sessão legislativa, mais do triplo das 72 recomendações produzidas no primeiro ano da atual legislatura.
As resoluções não têm valor de lei, sendo, na esmagadora maioria das vezes, recomendações ao Governo.
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