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Patrick Müller-Sarmiento: “Conceito dos centros comerciais vai mudar bastante”

O especialista mundial da consultora Roland Berger em consumo e vendas a retalho considera que os consumidores não vão retomar todas as rotinas de compras físicas anteriores à pandemia da Covid-19, porque vão continuar a fazer as encomendas online a que se habituaram durante os meses de confinamento. Prevê, por isso, que o conceito de centro comercial como o conhecemos “não vá ter muitas histórias de sucesso”.
14 Março 2021, 16h00

A adaptação dos hábitos de consumo ao padrão das vendas online foi feita durante os 12 meses em que o mundo confinado teve de encontrar alternativas ao encerramento de boa parte das lojas tradicionais e dos centros comerciais. O especialista mundial da consultora Roland Berger, Patrick Müller-Sarmiento, considera que “o mundo não retomará os padrões de consumo anteriores à pandemia”, e prevê que “o próprio conceito dos centros comerciais tradicionais vai mudar muito”.

Os grupos retalhistas terão de fazer grandes investimentos para serem competitivos nas vendas online?
Devem fazer investimentos inteligentes. No passado, os investimentos foram feitos na Web, em frotas, ou em logística. Agora é o momento de investir em plataformas. A Amazon é uma plataforma. A Realdot é uma plataforma. A ePrice, em Itália, é uma plataforma. A alteração de mercado é no sentido de que os intervenientes vão à plataforma, encontram-se lá, e a organização que lançou a plataforma não tem de adquirir os bens, não precisa de trabalhar com capital. As plataformas proporcionam diretamente cash-flow positivo e os investimentos são muito baixos. É preciso investir em massa cinzenta, em cérebros, em especialistas que sabem desenvolver software. Não é preciso fazer investimentos como os que foram feitos no boom dos Airbnb, ou nos hotéis

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