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Patris alia-se ao BiG para a corretagem e pede cancelamento da Fincor

O Jornal Económico sabe que a Patris (que em abril de 2018 passara a Fincor a Patris Corretora) pediu à CMVM e ao Banco de Portugal o cancelamento da licença da empresa comprada à SLN em 2009. Com este acordo a Patris integra todo o seu negócio de corretagem no BiG e passa a operar esta atividade através deste acordo comercial com o banco.
Ph.Boutefeu/Euronext
26 Agosto 2019, 19h56

A Patris e o BiG estabeleceram um acordo anual renovável para a corretagem de ações e obrigações. Trata-se de um acordo comercial que está em vigor desde o início de agosto e que consiste em passar toda a atividade de corretagem, que era feita pela Fincor, para a corretora do banco liderado por Carlos Rodrigues e Mário Bolota. A informação foi confirmada ao Jornal Económico (JE) quer por Carlos Rodrigues, chairman do BiG, quer por Gonçalo Pereira Coutinho, presidente da Patris.

O Jornal Económico sabe que a Patris (que em abril do ano passado passara a Fincor a Patris Corretora) pediu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e ao Banco de Portugal o cancelamento da licença da empresa comprada à SLN em 2009. É assim o fim da Fincor.

Com este acordo a Patris integra todo o seu negócio de corretagem no BiG e passa a operar esta atividade através deste acordo comercial com o banco. A Patris e o BiG vão partilhar a mesma infraestrutura, ou seja, a mesma plataforma de negociação.

A corretora do grupo Patris estava no ‘Top3’ da corretagem de obrigações ao passo que o BiG é especialmente forte na corretagem de ações, pelo que esta é uma aliança de complementaridade. Segundo o JE, a Fincor tinha anualmente cerca de 4 mil e 500 milhões de euros de negócio de intermediação de títulos que agora passa para a plataforma do BiG.

Gonçalo Pereira Coutinho explicou que a Patris e o BiG já são parceiros nos contratos de seguro ligados a fundos de investimento, vulgarmente conhecidos como unit-linked. A gestão de ativos do BiG já é feita com unit-linkeds da Real Vida (da Patris).

O próprio grupo Patris está agora mais centrado na área seguradora.

O BiG, por sua vez, continua focado na internacionalização. O processo de abertura da sucursal em Espanha continua e o banco liderado por Mário Bolota e Carlos Rodrigues esperam a abertura no final do ano.

Já em Moçambique, e tal como avançou o “Público” em maio, o Banco BIG aumentou o capital do seu BiG Moçambique o que permitiu a entrada de duas seguradoras sul-africanas, a Hollard e a Global Alliance, e de uma moçambicana, a EMOSE (Empresa Moçambicana de Seguros).

No conjunto, as três seguradoras, que desenvolvem a actividade na região, passaram a deter 16% do BIG Moçambique por aumento de capital (de 599,4 milhões de meticais) que passou agora a ser de 1,1 mil milhões de meticais (16 milhões de euros). A maioria (84%) do capital ficou nas mãos do BiG.

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